Mercados

Ibovespa sobe 1% e se aproxima da máxima histórica com salto de Vale (VALE3); dólar cai a R$ 5,44

26 set 2024, 17:10 - atualizado em 26 set 2024, 17:19
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Ibovespa retomou brevemente os 133 mil pontos com apoio do setor metálico; S&P 500 renovou recorde de fechamento (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

Em um movimento de ‘montanha-russa’, o Ibovespa (IBOV) retomou o fôlego e voltou ao território positivo — e se aproximou das máximas históricas.

Nesta quinta-feira (26), o principal índice da bolsa brasileira subiu 1,08%, aos 133.009,79 pontos.

Já o dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,4447 (-0,57%).

No cenário doméstico, os investidores repercutiram o Relatório Trimestral de Inflação (RTI). 

O Banco Central melhorou a projeção de alta do Produto Interno Bruto (PIB) para 3,2% neste ano, mas estima desaceleração da economia no ano que vem.

No documento, o BC também afirmou que as projeções de inflação subiram em todo o horizonte apresentado na comparação com a análise feita em junho, aumentando assim o distanciamento em relação à meta.

Na avaliação do Itaú, o RTI reforçou a leitura de que o recém-iniciado movimento de alta de juros deve se estender ao longo dos próximos meses, em direção à projeção do banco de Selic a 12% ao ano no fim do ciclo de aperto monetário.

Além disso, o mercado acompanhou novas declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Na mesma linha do comunicado e da ata da mais recente reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), ele disse que o atual ciclo de política monetária “está aberto e é necessário observar os dados”.

O fiscal também voltou a preocupar. A Fitch Ratings afirmou que a política fiscal atual do Brasil e seus efeitos não estão acompanhando o forte desempenho da economia nacional e que desafios para o governo federal devem persistir e crescer no próximo ano.

A agência de risco destacou que o desempenho fiscal tem sido mais fraco do que o esperado em relação às projeções orçamentárias iniciais para 2024 e que um descompasso entre a política fiscal e o crescimento do PIB podem afetar a classificação de risco do país, atualmente em “BB”.

Altas e quedas da bolsa

Entre os ativos negociados na bolsa, a Azul (AZUL4) liderou os ganhos com a perspectiva de que as negociações com arrendadores de aviões próxima de ser concluída. Os papéis da companhia aérea chegaram a saltar quase 15% durante o pregão.

O setor de mineração e siderurgia seguiu o ritmo de ganhos, na esteira do desempenho do minério de ferro. Depois de uma série de estímulos, o governo da China anunciou que anunciará, em breve, mais medidas para impulsionar a economia do país.

O contrato de janeiro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou o dia com avanço de 1,75%, a 728 yuans (US$ 103,73) a tonelada.

Com isso, Vale (VALE3) saltou mais de 6% durante a sessão — e patrocinou o retorno do Ibovespa ao nível dos 133 mil pontos.

O setor de educação também foi destaque. As ações da Cogna (COGN3) e da Yduqs (YDUQ3figuraram entre as maiores altas com rumores que as companhias retomaram conversas para uma nova tentativa de fusão. 

Já na ponta negativa, Brava Energia (BRAV3) liderou as perdas do índice pela segunda vez consecutiva, com desempenho puxado pelo petróleo — que caiu mais de 2%. Petrobras (PETR4;PETR3) também tombou com a commodity.

Exterior 

Nos Estados Unidos, os investidores reagiram a novos dados econômicos e Wall Street teve mais um dia de recordes.

O PIB da maior economia do mundo expandiu a uma taxa anualizada de 3,0% no segundo trimestre, em linha com as expectativas do mercado.

O crescimento no primeiro trimestre foi revisado para cima, para uma taxa de 1,6%, em relação ao ritmo de 1,4% informado anteriormente.

Além disso, o número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego recuou para 218.000 na semana encerrada em 21 de setembro, segundo dados do Departamento do Trabalho do país.

O resultado ficou abaixo da expectativa de economistas consultados pela Reuters, que esperavam um aumento para 225.000, ante 219.000 pedidos revisados para baixo na semana anterior.

Os dados moveram as apostas de um corte de 50 pontos-base pelo Federal Reserve (Fed) em novembro um pouco para baixo, à medida que não mostraram um enfraquecimento adicional do mercado de trabalho.

Os traders agora veem a probabilidade de 52,8% de o Fed cortar os juros em 50 pontos-base, no intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano, em novembro, de acordo com a ferramenta de monitoramento do CME Group. Ontem (25), essa probabilidade era de 57,4%.

Para amanhã, o mercado espera a divulgação do Índice de Preços para Despesas com Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) de agosto — indicador preferido do Fed para referência de inflação.

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • S&P 500: +0,40%, aos 5.745,37 pontos — no maior nível de fechamento; 
  • Dow Jones: +0,62%, aos 42.175,11 pontos;
  • Nasdaq: +0,60%, aos 18.190,29 pontos.

*Com informações de Reuters 

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Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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