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Ibovespa interrompe sequência de perdas e sobe aos 132 mil pontos com Vale (VALE3); dólar cai a R$ 5,46

24 set 2024, 17:16 - atualizado em 24 set 2024, 17:34
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O Ibovespa sustenta os 130 mil pontos com avanço de Vale e Petrobras, mas fecha em queda pressionado por cautela fiscal (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Ibovespa (IBOV) deixou o tom negativo para trás. Depois de cinco sessões em queda, o principal índice da bolsa brasileira interrompeu a sequência negativa com apoio de China e subiu 1,22%, aos 132.155,76 pontos.

Já o dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,4628 (-1,31%).

No cenário doméstico, os investidores repercutiram a ata da mais recente reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Na semana passada, a autoridade monetária elevou a taxa básica de juros, a Selic, em 25 pontos-base, a 10,75% ao ano.

Na ata, o BC excluiu do texto a menção feita em julho de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) “tem arrefecido”.

Ainda segundo o documento, os dados sugerem uma deterioração da composição da inflação, ainda que o número agregado não tenha divergido significativamente do que era esperado, citando uma interrupção no processo desinflacionário no período mais recente.

“O Comitê avalia que o cenário prospectivo de inflação se tornou mais desafiador, com o aumento das projeções de inflação de médio prazo, mesmo condicionadas em uma trajetória de taxa de juros mais elevada”, afirmou, ao reforçar que o balanço de riscos para a inflação deixou de estar equilibrado e passou a ser assimétrico, com maior peso dos riscos de alta de preços.

Além disso, o mercado acompanhou novas declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Em palestra no evento J. Safra Brazil Conference 2024, o dirigente afirmou que o número mais recente de inflação foi “até melhor”, mas que, ao se observar o quadro mais completo, a “dinâmica de inflação ainda preocupa o Banco Central”.

Altas e quedas da bolsa

Entre os ativos negociados na  bolsa, as ações da Ambipar (AMBP3) saltaram quase 20% durante o pregão e elevou para quase 469% os ganhos no ano de 2024. Segundo um relatório da Ativa Investimentos, os papéis da companhia lideram as taxas de aluguel, com 148,5%.

Ânima (ANIM3) caiu forte e as ações atingiram a menor cotação desde novembro de 2023, a R$ 2,42, após o Citi rebaixar a recomendação de compra dos papéis para neutro/alto risco.

Na ponta positiva do Ibovespa,  CSN (CSNA3) liderou os ganhos do pregão, com o anúncio de estímulos econômicos na China — que impulsionou o minério de ferro e, consequentemente, as ações das companhias do setor de mineração e siderurgia.

Usiminas (USIM5) e Vale (VALE3também figuraram entre as maiores do principal índice da bolsa brasileira.

As ações da Brava Energia (BRAV3) finalmente ganharam fôlego e subiram mais de 7%, reduzindo as perdas de mais de 15% no último mês.

As blue chips também surfaram na ‘onda positiva’ do Ibovespa. Petrobras (PETR4;PETR3avançou na esteira do petróleo e os bancos recuperaram as perdas da sessão anterior.

Já na ponta negativa, Azul (AZUL4) voltou a liderar as perdas em meio a incertezas sobre a companhia aérea. Santos Brasil (STBP3), que figurou entre as maiores altas do Ibovespa na véspera, devolveu os ganhos e terminou o pregão em queda.

Exterior 

Nos Estados Unidos, novos dados econômicos movimentaram o pregão de Wall Street.

A confiança do consumidor dos Estados Unidos caiu de 105,6 (dado revisado) em agosto para 98,7 em setembro, segundo o Conference Board. As estimativas do mercado era de 104. O dado ficou no menor nível em mais de três anos.

Apesar do dado mais fraco que o esperado, o índice S&P 500 renovou o recorde histórico intradia aos 5.734,43 pontos e o maior nível de fechamento, pela terceira vez consecutiva.

O mercado espera a divulgação do Índice de Preços para Despesas com Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) de agosto — indicador preferido do Fed para referência de inflação.

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • S&P 500: +0,25%, aos 5.732,93 pontos;
  • Dow Jones: +0,20%, aos 42.208,22 pontos;
  • Nasdaq: +0,56%, aos 18.074,52 pontos.

*Com informações de Reuters 

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Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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