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Ibovespa renova recordes históricos pela 2ª vez consecutiva e fecha acima dos 136 mil; dólar sobe a R$ 5,48

20 ago 2024, 17:11 - atualizado em 20 ago 2024, 17:49
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O principal índice da bolsa brasileira fechou no maior nível da história (Imagem: Canva Pro)

Com a retomada do ciclo de altas, o Ibovespa (IBOV) renovou os recordes atingidos na véspera. 

Durante o pregão, o principal índice da bolsa brasileira registrou uma nova máxima intradia histórica aos 136.329,79 pontos. Ontem (19), o índice tinha alcançado os 136.179,21 pontos.

Mesmo com uma sessão marcada por volatilidade, o Ibovespa encerrou a sessão aos 136.087,41 pontos (+0,23%), o maior nível de fechamento. O recorde anterior, de 135.777,98 pontos, também na véspera. 

dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,4831 (+1,31%)

A alta recente do Ibovespa é uma combinação de fatores, segundo analistas.

Entre eles, atividade econômica mais aquecida no Brasil e nos Estados Unidos, a expectativa marginalmente maior de crescimento de lucro das empresas após a temporada de balanços do segundo trimestre e as apostas de corte nos juros pelo Federal Reserve (Fed) na reunião de setembro — que propiciam a entrada de recursos estrangeiros em países emergentes como o Brasil.

Segundo o Itaú BBA, os investidores internacionais ingressaram cerca de R$ 3 bilhões na bolsa brasileira nas últimas cinco sessões.

Entre os destaques do cenário doméstico desta terça-feira (20),  os investidores acompanharam novas declarações do ministro Fernando Haddad; do secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan; e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Haddad afirmou que a política fiscal precisa ajudar a política monetária, classificando-as como “braços do mesmo organismo”. Segundo o ministro, se tudo ocorrer nas contas públicas como está determinado e fixado por lei, o país deve transitar bem por 2024, 2025 e 2026. 

Na mesma linha, Durigan disse que o governo cumprirá com as metas estabelecidas pelo arcabouço fiscal.

Já Campos Neto, que encerra o mandato de presidente do BC em dezembro, reafirmou que uma elevação da taxa básica de juros está na mesa da autoridade monetária. “O Banco Central vai subir os juros se for preciso, independente de eu estar ou não no BC.”

Altas e quedas do Ibovespa 

Entre as ações negociadas no Ibovespa, Braskem (BRKM5) operou entre as maiores altas do índice após o Citi atualizar as estimativas para a companhia e elevar a recomendação de neutra para compra/alto risco. Segundo os analistas do banco, as ações da petroquímica estão “baratas o bastante”.

As exportadoras e os frigoríficos também se destacaram na ponta positiva, com apoio da valorização do dólar ante o real. Weg (WEGE3) e Klabin (KLBN11) encerraram o pregão como alguns dos ativos com maiores ganhos.

Em linhas gerais, as companhias voltadas ao exterior são mais sensíveis às movimentações da moeda norte-americana, dado que as receitas das empresas são dolarizadas.

Além do impulso do dólar, Minerva (BEEF3) avançou após a notícia de que a companhia adquiriu 98% das ações ordinárias da Irapuru II Energia S.A., uma subsidiária da Elera Energia S.A, por R$ 20 milhões. A negociação já foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Entre as blue chips, Vale (VALE3) estendeu os ganhos na esteira do minério de ferro na China, que avançou quase 1,2% em Dalian hoje. Petrobras (PETR4;PETR3) permaneceu no território negativo em mais uma sessão marcada pela volatilidade do petróleo no mercado internacional.

Exterior 

Nos Estados Unidos, as bolsas de Wall Street voltaram ao tom negativo após oito dias consecutivos de ganhos.

Entre os destaques do pregão, as ações do Bank of America (BofA) caíram mais de 2%. A Berkshire Hathaway, do megainvestidor Warren Buffett, vendeu mais 13,9 milhões de ações do banco por US$ 550,7 milhões nos últimos três dias de negociação. 

Os investidores aguardam a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês). No final de julho, o Federal Reserve (Fed) manteve os juros inalterados na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano — patamar mais elevado em mais de duas décadas.

O documento deve ser divulgado nesta quarta-feira (21) às 15h (horário de Brasília). O mercado busca mais pistas para o início do afrouxamento monetário.

Os traders estão precificando uma chance de 73,5% de o Fed cortar as taxas de juros em 25 pontos-base em setembro, o que levaria os juros ao intervalo de 5,00% a 5,25% ao ano, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group.

Além disso, o mercado espera o Simpósio de Política Econômica de Jackson Hole um encontro anual de autoridades de bancos centrais, para obter mais sinais sobre a trajetória dos juros. O discurso mais esperado é o do presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, na próxima sexta-feira (23).

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • S&P 500: -0,207%, aos 5.597,12 pontos;
  • Dow Jones: 0,00%, aos 40.896,53 pontos;
  • Nasdaq: -0,33%, aos 17.816,94 pontos.

 

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Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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