Mercados

Ibovespa sobe pela 7ª vez consecutiva e fecha no maior nível do ano aos 133.316 pontos; dólar avança a R$ 5,46

14 ago 2024, 17:15 - atualizado em 14 ago 2024, 17:49
bolsa ações opções investimento ação
A bolsa brasileira superou os 131 mil pontos com apoio de Petrobras (PETR4) e bancos (Imagem: Canva Pro)

Cada dia mais próximo da máxima histórica, o Ibovespa (IBOV) mantém o ritmo de altas ininterruptas e engatou o sétimo pregão consecutivo de ganhos. 

O principal índice da bolsa brasileira fechou com alta de 0,69%, aos 133.316,99 pontos. Esse é o maior nível do índice no ano. 

O dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,4693 (+0,36%).

No cenário doméstico, os balanços corporativos roubaram a cena mais uma vez, com destaque para os frigoríficos JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) e Localiza (RENT3).

Em segundo plano, as vendas no varejo brasileiro recuaram 1,0% em junho na comparação com o mês anterior e subiram 4,0% sobre um ano antes, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A expectativa em pesquisa da Reuters era de baixa de 0,20% na comparação mensal e de avanço de 5,50% sobre um ano antes.

Altas e quedas do Ibovespa

Entre os ativos, Infracommerce (IFCM3) caiu quase 30% ao longo do dia e a ação fechou o pregão cotada abaixo de R$ 0,30. Os investidores repercutiram o prejuízo líquido de R$ 1,54 bilhão no segundo trimestre da companhia. No mesmo período do ano passado, a empresa tinha registrado prejuízo líquido de R$ 52,4 milhões.

Além disso, a empresa anunciou um novo plano para a renegociação das dívidas: um memorando de entendimentos não vinculante (MOU) com instituições financeiras, que são suas principais credoras, para o alongamento e repactuação da dívida de cerca de R$ 650 milhões.

Na ponta positiva do Ibovespa, Cemig (CMIG4) liderou os ganhos do índice desde a abertura das negociações. A companhia elétrica reportou lucro líquido consolidado de R$ 1,6 bilhão, alta de 35,6% ante o mesmo período de 2023, e aprovou o pagamento de R$ 1,4 bilhão em dividendos adicionais.

Azul (AZUL4) ficou, mais uma vez, entre as maiores altas com apoio da queda de mais de 1% do petróleo — que tende a ‘baratear’ os preços dos combustíveis.

Já a ponta negativa foi liderada por Localiza (RENT3), que chegou a cair 18% durante o pregão, após a empresa aumentar o prejuízo líquido em mais de seis meses no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior.  

Entre as blue chips, Vale (VALE3) registrou a terceira queda consecutiva puxada pelo desempenho ruim do minério de ferro e as ações atingiram o menor preço desde maio de 2023. Petrobras (PETR4;PETR3) ignorou o recuo de mais de 1% do petróleo e registrou alta nesta quarta-feira (14), sendo uma das ações mais negociadas do mercado brasileiros.

Itaú (ITUB4) acompanhou o setor de bancos e também encerrou o dia em tom negativo. O movimento altista não foi acompanhado por BTG Pactual (BPAC11) que, segundo analistas, reportou resultados dentro do esperado para o segundo trimestre. 

Exterior 

Nos Estados Unidos, as bolsas de Wall Street avançaram com novos dados econômicos, que reforçaram as apostas de que o Federal Reserve (Fed) deve cortar os juros em setembro. As apostas de redução de 25 pontos-base ou de 50 pontos-base seguem divididas no mercado.

Hoje, a probabilidade de corte de 25 pontos-base, o que levaria os juros dos Estados Unidos (Fed Funds) a faixa de 5,00% a 5,25% ao ano, é de 64,5%, segundo a ferramenta de monitoramento FedWatch, do CME Group. Ontem (13), as chances eram de 47%.

Já as apostas de redução de 50 pontos-base, trazendo o Fed Funds a 4,75% a 5,00% ao ano, caíram de 53% (ontem) para 35,5% (hoje).

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) avançou 0,2% em julho ante junho, como o previsto. Na comparação anual, o CPI subiu 2,9% e ficou levemente abaixo das expectativas de 3%. A taxa anual é a mais baixa desde março de 2021.

Excluindo alimentos e energia, o núcleo do CPI apresentou um aumento mensal de 0,2% e uma taxa anual de 3,2% — a mais baixa desde abril de 2021. Os dados também ficaram em linha com o esperado.

Embora o CPI não seja o dado de referência do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) para a inflação, o indicador é usado pelo mercado para calibrar as expectativas dos investidores sobre a trajetória dos juros da maior economia do mundo.

Ontem (13), o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) avançou 0,1% em julho, na comparação mensal, segundo o Departamento do Trabalho do país. O dado ficou abaixo das estimativas do mercado, que projetava alta de 0,2% no mês. Na base anual, a inflação ao produtor avançou 2,2% em julho, também levemente abaixo do consenso de +2,3%.

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • S&P 500: +0,38%, aos 5.455,21 pontos;
  • Dow Jones: +0,61%, aos 40.008,39 pontos;
  • Nasdaq: +0,03%, aos 17.192,60 pontos.

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar