Mercados

Ibovespa supera os 130 pontos e avança mais de 3% na semana; dólar cai a R$ 5,51 com IPCA

09 ago 2024, 17:17 - atualizado em 09 ago 2024, 17:38
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A bolsa brasileira acompanhou a recuperação das bolsas internacionais, ainda do ‘pânico’ dos mercados na última segunda-feira (5) (Imagem: Canva Pro)

O Ibovespa (IBOV) estendeu os ganhos da últimas sessões e completou o quarto dia de ganhos consecutivos nesta sexta-feira (9), marcada pela recuperação dos mercados internacionais e divulgação de balanços corporativos.

O principal índice da bolsa brasileira fechou com alta de 1,52%, aos 130.614,59 pontos. Na semana, o índice avançou 3,78%

O dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,5152 (-1,06%). Nos últimos cinco pregões, a moeda norte-americana acumulou queda de 3,40%

No cenário doméstico, a temporada de balanços concentrou as atenções dos investidores mais uma vez.

Em segundo plano, os investidores repercutiram o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA). A inflação avançou 0,38% em julho, acima do consenso do mercado de alta de 0,35% no mês. O avanço foi impactado pelo reajuste dos combustíveis e energia elétrica. Nos últimos 12 meses, o IPCA tem alta de 4,50%, máxima em sete meses.

Na avaliação do Inter, o resultado do IPCA foi preocupante, mostrando uma deterioração das medidas que deveriam ser mais sensíveis à política monetária ainda bastante restritiva.

Altas e quedas do Ibovespa

Entre os ativos, Méliuz (CASH3) foi um dos destaques do mercado brasileiro. As ações saltaram 12% em reação ao balanço do segundo trimestre. Mesmo com prejuízo maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, os resultados foram considerados positivos com a continuidade da melhoria das margens e a aprovação da redução de capital em R$ 220 milhões.

Casas Bahia (BHIA3) operou entre as maiores quedas fora do Ibovespa, com a realização de lucros recentes. Na véspera, os papéis fecharam com alta de 24% após a companhia reportar lucro líquido de R$ 37 milhões entre abril e junho, depois de seis trimestres de prejuízos consecutivos.

A ponta positiva do Ibovespa, por sua vez, foi dominada pelas varejistas, também em reação aos balanços. Lojas Renner (LREN3), Vivara (VIVA3), Cyrela (CYRE3) e B3 (B3SA3) ficaram entre as maiores altas.

Já na ponta negativa, Alpargatas (ALPA4) e Yduqs (YDUQ3) lideraram as perdas, com os resultados mais fracos. Mas foi Petrobras (PETR4;PETR3) que roubou a cena do pregão, após frustrar as expectativas e reportar prejuízo líquido de R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre, no primeiro resultado negativo em quase quatro anos. A adesão a uma transação tributária e de um acordo de trabalho de 2023 afetaram o resultado.

Exterior 

Nos Estados Unidos, as bolsas de Wall Street seguiram o ritmo de ganhos da véspera na tentativa de recuperar as grandes perdas do início da semana, com o ‘pânico’ geral dos mercados.

Esta semana foi a mais volátil do ano para o mercado. Na última segunda-feira, o índice Dow Jones caiu 1.000 ponto, enquanto o S&P 500 perdeu 3% em seu pior dia desde 2022.

Dados piores do que o esperado do relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll, da semana anterior e preocupações de que o Federal Reserve estava atrasado com os cortes dos juros elevaram as preocupações de que a maior economia do mundo estaria à beira de uma recessão. Além disso, a aversão foi intensificada com o desmonte de operações carry trade com o iene — após o aumento dos juros pelo Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês).

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • S&P 500: +0,47%, aos 5.344,16 pontos;
  • Dow Jones: +0,13%, aos 39.497,54 pontos;
  • Nasdaq: +0,51%, aos 16.745,30 pontos.

Mesmo com as altas por dois pregões consecutivos, os índices acumularam perdas na semana. Dow Jones caiu 0,7% e Nasdaq recuou 0,4% nas últimas cinco sessões.

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