Ibovespa destoa de Wall Street e avança 1% com reação a balanços; dólar cai a R$ 5,62
O Ibovespa (IBOV) destoou dos mercados internacionais e estendeu os ganhos da sessão anterior nesta quarta-feira (7).
O principal índice da bolsa brasileira fechou com alta de 0,99%, aos 127.513,88 pontos, próximo da máxima intradia.
O dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,6250 (-0,57%).
No cenário doméstico, a temporada de balanços continua como um dos principais focos de atenções dos investidores.
- Empiricus Research libera relatórios semanais de renda fixa com recomendações de títulos que podem render acima da Selic. Cadastre-se gratuitamente para receber.
Em segundo plano, os investidores acompanharam novos dados econômicos. O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,83% em julho, depois de avanço de 0,50% no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,69%. Em 12 meses, a alta acumulada é de 4,16%.
O avanço foi puxado, principalmente, pelos preços de commodities agrícolas e minerais para os produtores
A caderneta de poupança sofreu um saque líquido de R$ 908,6 milhões em julho, após dois meses de resultados positivos, segundo dados do Banco Central. Mesmo assim, a poupança registrou o melhor resultado para o mês desde 2021, quando a aplicação recebeu depósitos líquidos de R$ 6,377 bilhões.
No acumulado do ano, a poupança registra retirada líquida de R$ 3,701 bilhões, bem abaixo dos cerca de R$ 70 bilhões sacados da aplicação no mesmo período do ano passado.
Altas e quedas do Ibovespa
Entre os ativos, Sequoia (SEQL3) dispararam mais de 70% durante o pregão. Sem novidades sobre a companhia, a alta das ações aconteceu em meio a rumores de ‘short squeeze’ — uma operação em que o objetivo é obrigar investidores que operavam vendidos nos papéis, no caso da empresa de logística, — ou em short, ou seja, apostando na queda deles — a desfazerem suas posições, o que tende a impulsionar as cotações.
Também fora do Ibovespa, os papéis da Movida (MOVI3) subiram mais de 17% ao longo da sessão, em reação ao balanço do segundo trimestre. A companhia reverteu o prejuízo líquido de R$ 17,9 milhões do ano anterior e reportou lucro líquido de R$ 42,5 milhões entre abril e junho de 2024.
Aliás, a quarta-feira (7) foi marcada pelas repercussões dos resultados de várias companhias. A RD Saúde (RADL3), por exemplo, foi um dos destaques da ponta negativa do Ibovespa. Mesmo com os resultados em linha com o esperado, os papéis da antiga Raia Drogasil caíram com a leitura de que as margens continuam pressionadas.
No caso do Itaú (ITUB4), o balanço sólido não foi suficiente para conter o movimento de realização dos lucros recentes pelos investidores.
Já na ponta positiva, as ações cíclicas avançaram com o fechamento da curva de juros. Pão de Açúcar (GPA; PCAR3), por sua vez, avançou mesmo após reportar prejuízo líquido entre abril e junho. Isso porque o resultado foi 21,9% melhor do que o apresentado um ano antes.
Bradesco (BBDC4;BBDC3) seguiu como a ação mais negociada do mercado brasileiro pelo terceiro dia consecutivo, ainda com os números do balanço do segundo trimestre no radar.
- Os balanços do 2T24 já estão sendo publicados: receba em primeira mão a análise dos profissionais da Empiricus Research e saiba quais ações comprar neste momento. É totalmente gratuito – basta clicar aqui.
Entre as blue chips, Petrobras (PETR4;PETR3) e Vale (VALE3) fecharam em queda e limitam os ganhos do Ibovespa.
Exterior
Nos Estados Unidos, as bolsas de Wall Street chegaram a testar o tom positivo, mas perderam o fôlego ao longo do pregão com a agenda mais esvaziada.
As ações de tecnologia voltaram a cair, com destaque para Nvidia e Tesla.
Confira o fechamento dos índices de Nova York:
- S&P 500: -0,77%, aos 5.199,50 pontos;
- Dow Jones: -0,60%, aos 38.763,45 pontos;
- Nasdaq: -1,05%, aos 16.195,81 pontos.