Mercados

Ibovespa destoa de Wall Street e avança 1% com reação a balanços; dólar cai a R$ 5,62

07 ago 2024, 17:12 - atualizado em 07 ago 2024, 17:32
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A bolsa brasileira acompanhou a recuperação das bolsas internacionais após o ‘pânico’ dos mercados na véspera (Imagem: Canva Pro)

O Ibovespa (IBOV) destoou dos mercados internacionais e estendeu os ganhos da sessão anterior nesta quarta-feira (7). 

O principal índice da bolsa brasileira fechou com alta de 0,99%, aos 127.513,88 pontos, próximo da máxima intradia. 

O dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,6250 (-0,57%).

No cenário doméstico, a temporada de balanços continua como um dos principais focos de atenções dos investidores.

Em segundo plano, os investidores acompanharam novos dados econômicos. O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,83% em julho, depois de avanço de 0,50% no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,69%. Em 12 meses, a alta acumulada é de 4,16%.

O avanço foi puxado, principalmente, pelos preços de commodities agrícolas e minerais para os produtores

A caderneta de poupança sofreu um saque líquido de R$ 908,6 milhões em julho, após dois meses de resultados positivos, segundo dados do Banco Central. Mesmo assim, a poupança registrou o melhor resultado para o mês desde 2021, quando a aplicação recebeu depósitos líquidos de R$ 6,377 bilhões.

No acumulado do ano, a poupança registra retirada líquida de R$ 3,701 bilhões, bem abaixo dos cerca de R$ 70 bilhões sacados da aplicação no mesmo período do ano passado.

Altas e quedas do Ibovespa

Entre os ativos, Sequoia (SEQL3) dispararam mais de 70% durante o pregão. Sem novidades sobre a companhia, a alta das ações aconteceu em meio a rumores de ‘short squeeze’ — uma operação em que o objetivo é obrigar investidores que operavam vendidos nos papéis, no caso da empresa de logística, — ou em short, ou seja, apostando na queda deles — a desfazerem suas posições, o que tende a impulsionar as cotações.

Também fora do Ibovespa, os papéis da Movida (MOVI3) subiram mais de 17% ao longo da sessão, em reação ao balanço do segundo trimestre. A companhia reverteu o prejuízo líquido de R$ 17,9 milhões do ano anterior e reportou lucro líquido de R$ 42,5 milhões entre abril e junho de 2024. 

Aliás, a quarta-feira (7) foi marcada pelas repercussões dos resultados de várias companhias. A RD Saúde (RADL3), por exemplo, foi um dos destaques da ponta negativa do Ibovespa. Mesmo com os resultados em linha com o esperado, os papéis da antiga Raia Drogasil caíram com a leitura de que as margens continuam pressionadas. 

No caso do Itaú (ITUB4), o balanço sólido não foi suficiente para conter o movimento de realização dos lucros recentes pelos investidores.

Já na ponta positiva, as ações cíclicas avançaram com o fechamento da curva de juros. Pão de Açúcar (GPA; PCAR3), por sua vez, avançou mesmo após reportar prejuízo líquido entre abril e junho. Isso porque o resultado foi 21,9% melhor do que o apresentado um ano antes.

Bradesco (BBDC4;BBDC3) seguiu como a ação mais negociada do mercado brasileiro pelo terceiro dia consecutivo, ainda com os números do balanço do segundo trimestre no radar. 

Entre as blue chips, Petrobras (PETR4;PETR3) e Vale (VALE3) fecharam em queda e limitam os ganhos do Ibovespa.

Exterior 

Nos Estados Unidos, as bolsas de Wall Street chegaram a testar o tom positivo, mas perderam o fôlego ao longo do pregão com a agenda mais esvaziada.

As ações de tecnologia voltaram a cair, com destaque para Nvidia e Tesla.

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • S&P 500: -0,77%, aos 5.199,50 pontos;
  • Dow Jones: -0,60%, aos 38.763,45 pontos;
  • Nasdaq: -1,05%, aos 16.195,81 pontos.

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Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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