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Ibovespa fecha acima de 118 mil pontos e se aproxima de marca histórica

17 dez 2020, 18:07 - atualizado em 17 dez 2020, 19:07
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O volume financeiro no penúltimo pregão da semana somou 28,5 bilhões de reais (Imagem: B3/Divulgação)

O Ibovespa fechou em alta pelo terceiro pregão seguido nesta quinta-feira, embalado pelas perspectivas positivas relacionadas à vacinação contra o coronavírus e novos estímulos econômicos, chegando a superar os 119 mil pontos na máxima.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,46%, a 118.400,57 pontos, marcando 119.027,05 pontos na máxima, perdendo força no final após o enfraquecimento de ações de bancos.

O Ibovespa não superava os 119 mil pontos desde janeiro, mês que registrou suas máximas históricas – de 119.527,63 para o fechamento (dia 23) e de 119.593,10 no intradia (dia 24).

Desde as mínimas do ano em março, acumula ganho de mais de 90%, em boa parte apoiado em juros baixos e expressivos estímulos monetários e fiscais no mundo, e mais recentemente em prognósticos otimistas para vacinas contra o coronavírus.

Na visão do superintendente da mesa de operações da Necton, Marco Tulli, a cena fiscal no país e o quadro preocupante para a Covid-19 até abrem espaço para realização de lucros na B3.

“Mas a entrada de capital externo, que tem sido para mercados emergentes de modo geral, não apenas Brasil, não para, evitando uma queda e mantendo o Ibovespa a caminho dos 120 mil pontos”, acrescentou Tulli.

Após saldo positivo recorde em novembro, as compras de estrangeiros no mercado secundário de ações no Brasil superam as vendas em 9,66 bilhões de reais em dezembro até o 15, conforme os dados mais recentes disponibilizados pela B3.

Para estrategistas do BTG Pactual, o aumento do apetite por risco nos mercados globais pode ser a principal força motriz para as ações dos mercados emergentes em 2021, conforme relatório a clientes nesta quarta-feira.

Como suporte para a manutenção desse apetite, Carlos Sequeira e equipe citam perspectivas encorajadoras para a economia global, bem como vacinação a partir deste mês, juros em mínimas históricas e previsão de mais estímulos

“Embora o Ibovespa tenha se recuperado bem nos últimos meses e os valuations não sejam mais uma pechincha, vemos espaço para as ações brasileiras apresentarem um bom desempenho em 2021.”

O volume financeiro no penúltimo pregão da semana somou 28,5 bilhões de reais.

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Destaques

Vale (VALE3) avançou 1,14%, na esteira de nova alta dos preços do minério de ferro na China, renovando recorde para o fechamento a 87,20 reais.

Reunião da empresa com o governo de Minas Gerais sobre compensações pelo desastre de Brumadinho (MG) terminou sem acordo.

No setor, Gerdau (GGBR4) subiu 2,61% e CSN (CSNA3) valorizou-se 3,7%.

Usiminas (USIM5) perdeu fôlego e caiu 0,8%. Após o fechamento, a empresa informou o retorno do alto-forno 2 da usina da Ipatinga, que terá capex de aproximadamente 67 milhões de reais.

Weg (WEGE3) subiu 3,37%, recuperando-se após ajuste negativo em novembro, insuficiente para tirar a fabricante de motores elétricos, tintas industriais do topo das maiores altas em 2020 no Ibovespa, com a valorização ao redor de 120%.

Petrobras (PETR3) valorizou-se 1,26%, esteira da elevação do petróleo, com o Brent fechando em alta de 0,82%, a 51,50 dólares por barril, o que ajudou também Petrorio (PRIO3), que se apreciou 3,74%.

Petrobras (PETR4), por sua vez, enfraqueceu e terminou com acréscimo de apenas 0,18%.

B2W (BTOW3) perdeu 1,89%, com o setor de comércio eletrônico todo no vermelho.

Magazine Luiza (MGLU3) caiu 1,68% e Via Varejo (VVAR3) recuou 0,76%. No ano, porém, esses papéis ainda contabilizam ganhos de 26,6%, 106,2% e 51,92%, respectivamente.

Itaú Unibanco (ITUB4) perdeu 0,13%, sucumbindo a movimentos de realização de lucros após subir mais de 1% no melhor momento do dia.

Bradesco (BBDC4) subiu 0,48%.

Braskem (BRKM5)  avançou 7,59%, em outro dia de recuperação, refletindo expectativas sobre a venda da fatia da Odebrecht na petroquímica.

Em 2020, a ação perde cerca de 19%, em meio a provisões bilionárias envolvendo evento geológico em Alagoas, e problemas na planta no México.

Cosan(CSAN3) subiu 4,59%, após aprovação da reorganização societária pretendida pelo grupo, envolvendo incorporação de sociedades sob controle comum, por meio da qual a Cosan Limited e Cosan Log serão incorporadas. Foi o terceiro pregão seguido com sinal positivo após um começo de mês ruim.

Ultrapar (UGPA3) caiu 2,58%, após acumular alta de 18% desde o começo do mês. Mais cedo na semana, o grupo comunicou que avalia alternativas estratégicas para seu negócios Oxiteno, que incluem potencial desinvestimento.