Ibovespa salta 1% com Wall Street e ignora PIB brasileiro abaixo do esperado; dólar sobe a R$ 5,79

O Ibovespa (IBOV) estendeu os ganhos pela terceira sessão consecutiva, mantendo-se invicto em março, em um dia agitado nos mercados. Os investidores reagiram ao PIB brasileiro e dados de empregos nos Estados Unidos mais fracos.
Nesta sexta-feira (7), o principal índice da bolsa brasileira fechou com alta de 1,36%, aos 125.034,63 pontos. Na semana mais enxuta pelo feriado de Carnaval, o Ibovespa acumulou ganhos de 1,82%.
Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,7902, um leve avanço de 0,53% sobre o real. Na semana, a divisa norte-americana caiu 2,13%.
Altas e quedas na bolsa
Entre os ativos negociados no Ibovespa, Brava Energia (BRAV3) interrompeu a sequência de perdas com a reação positiva ao relatório de produção. A junior oil produziu 73.854 barris de óleo equivalente por dia (boe/d) em fevereiro, alta de 9,2% ante janeiro.
Segundo a petrolífera, o nível recorde de produção no mês reflete investimentos e melhorias implementados nos principais polos de atuação.
Além da Brava, as companhias do setor avançaram no Ibovespa com apoio da recuperação do petróleo no mercado internacional. Petrobras (PETR4;PETR3) subiu mais de 1% após 8 dias de quedas consecutivas.
Já a ponta negativa foi liderada por Totvs (TOTS3) e Embraer (EMBR3), pressionadas por um movimento de reação de ganhos recentes.
Na semana, Magazine Luiza (MGLU3) foi a ação com melhor desempenho com alta de quase 10% e Petrobras (PETR3) foi o destaque da ponta negativa do Ibovespa.
Exterior
Nos Estados Unidos, as bolsas de Nova York reduziram as perdas da semana com dados mais fracos do mercado de trabalho.
O relatório oficial de empregos, o payroll, apontou a criação de 151 mil vagas de emprego em fevereiro, abaixo do consenso de abertura de 160 mil pontos de trabalho. O dado mostrou uma aceleração em relação à janeiro, quando o país criou 143 mil vagas.
A taxa de desemprego também subiu de 4% em janeiro para 4,1% em fevereiro, acima das expectativas.
Após os dados, o mercado consolidou a aposta de corte de 75 pontos-base nos juros pelo Federal Reserve (Fed) até o fim do ano e maio voltou a ser cotado como um mês provável para o início do ciclo de afrouxamento monetário.
Durante a tarde, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que não há necessidade para apressar a mudança nas taxas de juros norte-americana.
As incertezas sobre as políticas tarifárias adotadas pelo presidente Donald Trump seguiram no radar.
Confira o fechamento dos índices de Nova York:
- Dow Jones: +0,52%, aos 42.801,72 pontos;
- S&P 500: +0,55%, aos 5.770,20 pontos;
- Nasdaq: +0,70%, aos 18.196,22 pontos.
Na semana, o S&P 500 registrou o pior desempenho desde setembro.
Na Europa, O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,70% na semana e interrompeu uma sequência de 10 sessões de ganhos — a mais longa desde o início de 2024.