Mercados

Ibovespa salta 1% com Wall Street e ignora PIB brasileiro abaixo do esperado; dólar sobe a R$ 5,79

07 mar 2025, 18:19 - atualizado em 07 mar 2025, 18:41
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O Ibovespa segue invicta em março; o índice subiu mais de 1% após dados mais fracos nos EUA e ignorou o PIB abaixo do esperado (Imagem: iStock.com/hernan4429)

O Ibovespa (IBOV) estendeu os ganhos pela terceira sessão consecutiva, mantendo-se invicto em março, em um dia agitado nos mercados. Os investidores reagiram ao PIB brasileiro e dados de empregos nos Estados Unidos mais fracos.

Nesta sexta-feira (7), o principal índice da bolsa brasileira fechou com alta de 1,36%, aos 125.034,63 pontos. Na semana mais enxuta pelo feriado de Carnaval, o Ibovespa acumulou ganhos de 1,82%. 

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,7902, um leve avanço de 0,53% sobre o real. Na semana, a divisa norte-americana caiu 2,13%. 

No cenário doméstico, o mercado reagiu ao Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre (4T24) e consolidado de 2024. A economia brasileira cresceu 0,2% entre setembro e dezembro e 3,4% em 2024. Os números vieram abaixo das expectativas do mercado, que esperava um avanço trimestral de 0,4% e anual de 3,5%.

Os investidores também repercutiram a isenção do imposto de importação a itens da cesta básica para frear a inflação sobre o preço dos alimentos. Ontem (6), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, anunciou a alíquota zero para azeite, óleo de girassol, milho, sardinha, biscoitos, massas alimentícias, café, carnes e açúcar.

Nas contas dos economistas da Warren Investimentos, a medida deve resultar em uma queda R$ 1 bilhão por ano na arrecadação federal.

Altas e quedas na bolsa 

Entre os ativos negociados no Ibovespa, Brava Energia (BRAV3) interrompeu a sequência de perdas com a reação positiva ao relatório de produção. junior oil produziu 73.854 barris de óleo equivalente por dia (boe/d) em fevereiro, alta de 9,2% ante janeiro.

Segundo a petrolífera, o nível recorde de produção no mês reflete investimentos e melhorias implementados nos principais polos de atuação.

Além da Brava, as companhias do setor avançaram no Ibovespa com apoio da recuperação do petróleo no mercado internacional. Petrobras (PETR4;PETR3) subiu mais de 1% após 8 dias de quedas consecutivas.

Já a ponta negativa foi liderada por Totvs (TOTS3) e Embraer (EMBR3), pressionadas por um movimento de reação de ganhos recentes.

Na semana, Magazine Luiza (MGLU3) foi a ação com melhor desempenho com alta de quase 10% e Petrobras (PETR3) foi o destaque da ponta negativa do Ibovespa.

Exterior 

Nos Estados Unidos, as bolsas de Nova York reduziram as perdas da semana com dados mais fracos do mercado de trabalho.

O relatório oficial de empregos, o payroll,  apontou a criação de 151 mil vagas de emprego em fevereiro, abaixo do consenso de abertura de 160 mil pontos de trabalho. O dado mostrou uma aceleração em relação à janeiro, quando o país criou 143 mil vagas.

A taxa de desemprego também subiu de 4% em janeiro para 4,1% em fevereiro, acima das expectativas.

Após os dados, o mercado consolidou a aposta de corte de 75 pontos-base nos juros pelo Federal Reserve (Fed) até o fim do ano e maio voltou a ser cotado como um mês provável para o início do ciclo de afrouxamento monetário.

Durante a tarde, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que não há necessidade para apressar a mudança nas taxas de juros norte-americana. 

As incertezas sobre as políticas tarifárias adotadas pelo presidente Donald Trump seguiram no radar.

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • Dow Jones: +0,52%, aos 42.801,72 pontos;
  • S&P 500: +0,55%, aos 5.770,20 pontos;
  • Nasdaq: +0,70%, aos 18.196,22 pontos.

Na semana, o S&P 500 registrou o pior desempenho desde setembro.

Na Europa, O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,70% na semana e interrompeu uma sequência de 10 sessões de ganhos — a mais longa desde o início de 2024.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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