Mercados

Ibovespa fecha em queda com NY, mas tem 1ª alta mensal em cinco meses; dólar cai a R$ 5,83

31 jan 2025, 18:26 - atualizado em 31 jan 2025, 18:42
Day Trade, Investimentos, Mercados, Empresas
O Ibovespa superou os 127 mil pontos na primeira parte da sessão, mas o tom negativo de Wall Street pesou na reta final do pregão (Imagem: iStock/Lemon_tm)

O Ibovespa (IBOV) devolveu parte dos ganhos na última sessão de janeiro, pressionado por Wall Street após a confirmação de que o governo Trump vai impor tarifas contra o Canadá, China e México a partir deste sábado (1º).

Nesta sexta-feira (31), o principal índice da bolsa brasileira fechou com queda de 0,61%, aos 126.134,94 pontos. Na semana, o índice subiu 3,01% e em janeiro, avançou 4,86% — a primeira alta mensal desde agosto do ano passado.

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,8366 (-0,28%) — a 10ª queda consecutiva de baixas. Na semana, a divisa acumulou baixa de 1,39%. Já no mês, a moeda norte-americana se desvalorizou 5,56% — a maior queda mensal desde junho de 2023, quando recuou 5,60%. 

No cenário doméstico, os investidores reagiram a novos dados econômicos, entre eles a taxa de desemprego, que ficou em 6,2% no trimestre até dezembro e em 6,4% nos três meses até setembro.

O dado ficou ligeiramente acima do esperado — os economistas consultados pela Reuters previam a taxa em 6,1%. Com o resultado, a taxa média anual foi de 6,6% em 2024, de 7,8% em 2023, marcando o resultado anual mais baixo da série histórica iniciada em 2012.

Altas e quedas no Ibovespa

Entre os ativos negociados no Ibovespa, Petrobras (PETR4;PETR3) foi um dos destaques do pregão com o anúncio do ajuste no preço do diesel. A estatal informou um aumento de mais de 6% o preço médio do diesel para distribuidoras, para R$ 3,72 por litro a partir deste sábado (1º).

A companhia não ajustava o diesel, combustível mais consumido do país, desde 27 de dezembro de 2023, quando cortou em 7,9% o valor do produto em suas refinarias. O último aumento ocorreu em outubro de 2023.

Na avaliação do Itaú BBA, a medida foi positiva. “A decisão de ajustar os preços do diesel após a redução dos preços do petróleo e das taxas de câmbio, e logo antes do aumento do imposto estadual (+R$ 0,06/litro, com vigência a partir de amanhã), demonstra a autonomia da empresa na execução de sua estratégia comercial”, escreveu a equipe liderada por Monique Greco, em relatório.

Ainda entre os pesos-pesados, Vale (VALE3devolveu parte dos ganhos da véspera, mais uma vez, sem a referência do minério de ferro negociado na China por conta do feriado de “Ano Novo Chinês”.

Na ponta positiva, Totvs (TOTS3) e BTG Pactual (BPAC11figuraram entre as maiores altas.

Já na ponta negativa do Ibovespa, Vibra Energia (VBBR3) foi a maior queda, com recuo de mais de 5%, após o Goldman Sachs rebaixar a recomendação das ações de compra para neutro e cortou o preço-alvo de R$ 27,40 para R$ 19,50 

Na semana, Magazine Luiza (MGLU3) liderou os ganhos com salto de mais de 17%, enquanto Braskem (BRKM5) foi a ação com pior desempenho dos últimos cinco pregões, com baixa de quase 5%.

Exterior 

Nos Estados Unidos, a última sessão do mês repercutiu novos dados econômicos e a confirmação da imposição de tarifas de importação pelo governo Trump, em meio à reação aos balanços do quarto trimestre.

Entre os dados econômicos, o índice de preços (PCE) do país subiu 0,3% em dezembro, segundo o Bureau of Economic Analysis (BEA).  Em um ano, o PCE foi a 2,6% — acima da meta de 2% perseguida pelo Federal Reserve (Fed). Os números vieram em linha com o esperado. 

No final da tarde, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou a imposição das tarifas de 25% sobre produtos mexicanos e canadenses e de 10% sobre a China. As medidas entram em vigor amanhã (1º).

Já no cenário corporativo, o destaque foi a repercussão do balanço da Apple do quarto trimestre de 2024. Os papéis chegaram a cair mais de 1%.

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • Dow Jones: -0,75%, aos 44.544,66 pontos;
  • S&P 500: -0,50%, aos 6.040,53 pontos;
  • Nasdaq: -0,28%, aos 19.627,44 pontos.

Na semana, os índices fecharam em queda com o ‘susto’ da última segunda-feira (27), com a entrada da China na corrida da inteligência artificial. O índice Nasdaq caiu 1,7%, o S&P 500 recuou 1,0% e o Dow Jones fechou estável,

Já em janeiro, o Nasdaq subiu cerca de 1,5%, o S&P 500 teve alta de 2,6% e o Dow Jones saltou 4,7%.

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar