Mercados

Ibovespa dispara com Vale (VALE3) e fecha no maior nível desde dezembro; dólar cai a R$ 5,85

30 jan 2025, 18:32 - atualizado em 30 jan 2025, 18:41
Day Trade, Investimentos, Mercados, Empresas
O Ibovespa superou os 127 mil pontos pela primeira vez no ano com impulso de Vale (VALE3) e falas de Lula sobre fiscal (Imagem: iStock/Lemon_tm)

O Ibovespa (IBOV) subiu mais de 3 mil pontos durante a sessão com ‘empurrão’ de Vale (VALE3e maior apetite ao risco, em um dia bem movimentado no cenário doméstico.

Nesta quinta-feira (30), o principal índice da bolsa brasileira fechou com alta de 2,82%, aos 126.912,78 pontos. Durante o pregão, o índice atingiu a máxima intradia aos 127.168,82 pontos, com avanço de 3,03%.

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,8528 (-0,23%). A moeda norte-americana continuou em ritmo de queda, estendendo as perdas pela nona vez consecutiva — a maior sequência desde julho de 2017.

O forte desempenho do principal índice da bolsa brasileira foi graças a um combo de fatores positivos: a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar os juros para 13,25% ao ano — como o esperado —; declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva “mais suaves”; dados de emprego mais fracos do que o esperado e; resultado das contas públicas.

Altas e quedas no Ibovespa

Entre os ativos negociados no Ibovespa, a Vale (VALE3seguiu estendendo as altas da véspera e saltou mais de 5% durante o pregão, mesmo sem a referência do minério de ferro negociado na China por conta do feriado de “Ano Novo Chinês”.

O impulso foi dado por declarações de Lula. Ele afirmou que a mineradora se dispôs a ter um novo comportamento com o governo, após ter sido governada de “maneira muito irresponsável”.

Lula se reuniu com o CEO da Vale, Gustavo Pimenta, na última terça-feira (28) e classificou o encontro como “extraordinário” e ainda destacou a importância da companhia para a economia brasileira.

“Vamos fazer outra reunião [com o presidente da Vale] para discutir como vamos vencer os obstáculos de mineração que a Vale está enfrentando. […] Precisamos fazer com que a empresa volte a produzir mais minério de ferro.”

Mas a liderança da ponta positiva foi de Magazine Luiza (MGLU3), com alta de mais de 12%. A varejista ‘surfou’ no alívio dos juros futuros — que impulsionou as ações cíclicas, mais sensíveis aos fatores econômicos.

Apenas ações encerraram o pregão em queda: Petz (PETZ3), Braskem (BRKM5), BB Seguridade (BBSE3) e  BRF (BRFS3).

Exterior 

Nos Estados Unidos, a sessão também foi recheada de dados econômicos e as bolsas de Nova York fecharam em alta.

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos (EUA) cresceu a uma taxa anualizada de 2,3% no quarto trimestre de 2024 (4T24), segundo a primeira leitura divulgada pelo Bureau of Economic Analysis (BEA). O resultado veio levemente abaixo das expectativas do mercado, que esperava um avanço de 2,55%, segundo mediana das projeções reunidas pelo Broadcast.

Já os  pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 16.000, para 207.000 com ajuste sazonal, na semana encerrada em 25 de janeiro, de acordo com o Departamento do Trabalho. Os economistas consultados pela Reuters previam 220.000 pedidos no período.

Os investidores também continuaram a repercutir a decisão do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed manteve os juros inalterados, na faixa de 4,25% a 4,50%. Ontem (29), o presidente do Fed, Jerome Powelldisse a política monetária está bem posicionada, com expectativas de inflação ancoradas, e que não há “pressa” para ajustar juros.

Além disso, o presidente Donald Trump afirmou que os Estados Unidos aplicarão uma tarifa de 25% sobre as importações do México e do Canadá, repetindo sua advertência aos dois países que são os principais parceiros comerciais do país. A medida deve entrar em vigor no próximo sábado (1º).

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • Dow Jones: +0,38%, aos 44.882,13 pontos;
  • S&P 500: +0,53%, aos 6.071,17 pontos;
  • Nasdaq: +0,25%, aos 19.681,75 pontos.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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