Mercados

Ibovespa fecha estável com ‘cabo de guerra’ entre Vale (VALE3) e NY e termina semana com saldo positivo; dólar cai a R$ 5,91

24 jan 2025, 18:21 - atualizado em 24 jan 2025, 18:37
Day Trade, Investimentos, Mercados
O Ibovespa fechou a semana em leve alta em meio a incertezas sobre as políticas tarifárias dos Estados Unidos; dólar cai mais de 2% na semana (Imagem: iStock/Lemon_tm)

O Ibovespa (IBOV) encerrou a semana volátil com um ‘cabo de guerra’ entre o avanço de Vale (VALE3), com o minério de ferro e declarações do presidente dos Estados Unidos, e a queda dos índices de Nova York.

Nesta sexta-feira (24), principal índice da bolsa brasileira terminou a sessão com queda de 0,03%, aos 122.446,94 pontos. Na semana, o índice subiu 0,14%.

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,9186 (-0,12%). Na semana, a divisa acumulou queda de 2,42%.

No cenário doméstico, os investidores seguiram repercutindo possíveis iniciativas do governo para conter os preços dos alimentos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com ministros e o chefe da pasta de Agricultura e PecuáriaCarlos Fávaro, disse a jornalistas que algumas medidas, como a redução das alíquotas de importação, podem ser implementadas para que a comida da população fique mais barata. Mas, até agora, não há nada definido.

Em segundo plano, o mercado reagiu ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), que subiu 0,11% em janeiro ante alta de 0,34% apurada em dezembro. Apesar da desaceleração, o número ficou acima das expectativas. Em 12 meses, a prévia da inflação acumulou alta de 4,50% em dezembro.

Na visão da equipe do Departamento de Pesquisa Econômica do Banco Daycoval, o IPCA-15 segue com pressão altista dos alimentos e bens industriais, enquanto a deterioração adicional na composição dos serviços acende o alerta para a condução da política monetária pelo Banco Central.

Altas e quedas no Ibovespa

Entre os ativos negociados no Ibovespa, os do setor de mineração e siderurgia foram os destaques positivos, na esteira do minério de ferro.

O contrato mais negociado da commodity, para maio, encerrou as negociações do dia com alta de 0,69%, a 806,5 yuans (US$ 111,26) a tonelada, na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China, marcando um ganho semanal de 0,31%. O movimento foi um reflexo da sinalização de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode chegar a um acordo de não impor tarifas à China.

Com isso, Vale (VALE3subiu mais de 1%, mas a ponta positiva foi liderada por CSN (CSNA3).

Já na ponta negativa, LWSA (LWSA3) e Automob (AMOB3) terminaram o dia como uma das piores perdas. Petrobras (PETR4;PETR3) também recuou na esteira do desempenho do petróleo.

Na semana, Braskem (BRKM5) foi a ação com melhor desempenho no Ibovespa, com salto de quase de 14%. Já Minerva (BEEF3) liderou as perdas com baixa de quase 12%.

Exterior 

Nos Estados Unidos, as bolsas de Wall Street se afastaram dos recordes e devolveram os ganhos das últimas sessões.

Nesta sexta-feira (24), o presidente Donald Trump voltou a pedir à à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para reduzir os preços do petróleo como uma  forma de pôr fim à guerra na Ucrânia.

Ele também afirmou que pode os EUA chegar a uma acordo de não impor tarifas à China. “Mas temos um poder muito grande sobre a China, que são as tarifas, e eles não as querem, e eu preferiria não ter que usá-las, mas é um poder tremendo sobre a China”, disse o presidente norte-americano em entrevista à Fox News.

No cenário corporativo, as ações da Boeing caíram mais de 1%  após a companhia divulgar que deve registrar um prejuízo de cerca de US$ 4 bilhões no quarto trimestre, segundo dados da prévia. A Boeing não registra lucro anual desde 2018 e no ano passado, a empresa enfrentou um acidente aéreo, uma greve trabalhista e uma série demissões.

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • S&P 500: -0,29%, aos 6.101,24 pontos;
  • Dow Jones: -0,32%, aos 44.424,25pontos;
  • Nasdaq: -0,50%, aos 19.954,30 pontos.

Na semana, o S&P 500 subiu 1,74%, o Nasdaq registrou ganhos de 1,65% e o Dow Jones avançou 2,15%. O tom positivo foi impulsionado pela posse de Donald Trump.

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar