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Ibovespa retoma os 122 mil pontos com apoio de NY e avança quase 3% na semana; dólar sobe a R$ 6,06

17 jan 2025, 18:23 - atualizado em 17 jan 2025, 18:55
Ibovespa
O Ibovespa retomou os 122 mil pontos com apoio de commodities metálicas e Wall Street e avançou quase 3% na semana (Imagem: iStock.com/CreativaImages)

O Ibovespa (IBOV) encerrou a semana duplamente positivo: com leve alta no pregão e avanço de quase 3% na semana. O índice foi impulsionado pelo crescimento da China e Wall Street à espera da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos.

Nesta sexta-feira (17), o principal índice da bolsa brasileira terminou a sessão com alta de 0,92%, aos 122.350,38 pontos. Na semana, o Ibovespa subiu 2,94%.

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 6,0656 (+0,20%). No acumulado dos últimos cinco pregões, a moeda norte-americana recuou 0,60% ante o real. 

No cenário doméstico, os investidores reagiram a novas declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Em entrevista à CNN Brasil, o ministro afirmou que  preciso criar as condições necessárias para que os juros no país não fiquem em um patamar elevado por muito tempo e que a atual trajetória de alta da dívida pública preocupa o governo. Ele descartou que o Brasil vive uma situação de dominância fiscal.

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Altas e quedas no Ibovespa

Entre os ativos negociados no Ibovespa, as ações das mineradoras subiram em bloco e lideraram os ganhos do índice — impulsionados pelo crescimento de 5% da economia da China no ano passado e desempenho do minério de ferro.  CSN Mineração (CMIN3),  Usiminas (USIM5) e Vale (VALE3) foram os destaques do setor.

A economia da China atingiu a meta do governo de crescimento de 5% no ano passado — acima da previsão dos economistas de crescimento de 4,9% para 2024.

Na esteira dos dados, o minério de ferro atingiu o maior valor em mais de um mês. O contrato mais negociado da commodity, com vencimento em maio, encerrou com alta de  1,71%, a 803,5 yuans (US$ 109,65) a tonelada na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE), na China.

Ainda entre os pesos-pesados, Petrobras (PETR4;PETR3) destoou do desempenho negativo do petróleo e encerrou as negociações em leve alta.

Já a ponta negativa do Ibovespa foi liderada por Yduqs (YDUQ3). Os papéis da companhia foram pressionados pelo rebaixamento de recomendação para neutra pelo JP Morgan e após a gestora SPX reduz a posição na educacional.

Na semana, Braskem (BRKM5) foi a ação com melhor desempenho do Ibovespa. Já LWSA (LWSA3), antiga Locaweb, registrou a maior perdas semanal, com baixa de quase 10%.

Exterior 

Nos Estados Unidos, as bolsas de Wall Street corrigiram as perdas da véspera e subiram na expectativa da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. O republicado assume o comando da Casa Branca na próxima segunda-feira (20).

Entre as principais medidas, Trump deve colocar em prática as medidas mais protecionistas, como a imposição de tarifas para produtos de vários países — e o Brasil está entre os alvos do republicano. Tais políticas devem fortalecer o dólar em todo o mundo.

Os investidores também reagiram à decisão da Corte Suprema norte-americana de manter a proibição do TikTok no país. Em reação, as ações da Meta, dona do Facebook e Instagram, e da Alphabet, dona do Google, chegaram a disparar mais de 4% durante o pregão.

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • S&P 500: +1,00%, aos 5.996,66 pontos;
  • Dow Jones: +0,78%, aos 43.487,83 pontos;
  • Nasdaq: +1,51%, aos 19.630,20 pontos.

Na semana, o Dow Jones e o S&P 500 subiram 3,8% e 3,1%, respectivamente. O Nasdaq avançou 2,6%.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.