Ibovespa sustenta os 119 mil com apoio de bancos e Vale (VALE3); dólar tem queda a R$ 6,04
O Ibovespa (IBOV) estendeu os ganhos e sustentou o nível dos 119 mil pontos pela segunda vez consecutiva, ainda com apoio dos ‘pesos-pesados’.
Nesta terça-feira (14), o principal índice da bolsa brasileira terminou a sessão com alta de 0,25%, aos 119.298,67 pontos.
Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 6,0464 (-0,85%).
No cenário doméstico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a Reforma Tributária será sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ainda nesta semana, mas com alguns vetos.
Além disso, o chefe da pasta econômica disse que o governo deve esperar a eleição dos presidentes e das mesas da Câmara e do Senado para enviar a proposta de reforma do Imposto de Renda (IR). A eleição está marcada para o dia 1° de fevereiro.
Segundo Haddad, Lula orientou manter a isenção do IR para quem ganha até dois salários mínimos — ou seja, até R$ 3.036 — no Orçamento de 2025.
Altas e quedas do Ibovespa
Entre os ativos negociados no Ibovespa, os bancos e Vale (VALE3) aceleraram os ganhos na reta final do pregão e impulsionaram o principal índice da bolsa brasileira.
As ações cíclicas também tiveram um breve alívio com a baixa das taxas de Depósitos Interfinanceiros (DIs) — os juros futuros —, em dia marcado ainda por dados moderados de inflação ao produtor nos Estados Unidos.
Em destaque, Petz (PETZ3) liderou os ganhos do Ibovespa, com as ações beneficiadas pela possível conclusão da fusão entre a companhia e a Cobasi até o final de março.
Há também um potencial de short squeeze. Na avaliação do Bank of America (BofA), os investidores que apostaram na queda das ações podem ser forçados a recomprá-las para cobrir suas posições, caso a estratégia para aumento de vendas da companhia funcione.
Já CSN (CSNA3) ficou entre as maiores quedas do principal índice da bolsa brasileira. Os papéis da Petrobras (PETR4;PETR3) devolveram os ganhos da véspera na esteira do desempenho do petróleo.
Exterior
Nos Estados Unidos, as bolsas de Wall Street reagiram ao Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês), que veio mais fraco do que o esperado.
O PPI avançou 0,2% em dezembro, após avanço de 0,4% em novembro. Os economistas consultados pela Reuters haviam previsto alta de 0,3%. No período de 12 meses até dezembro, o índice acelerou para 3,3%, após aumento de 3,0% em novembro.
Após o dado, as apostas de o Federal Reserve (Fed) manter os juros no nível de 4,25% a 4,50 na reunião de janeiro foram mantidas, de acordo com a ferramenta de monitoramento FedWatch, do CME Group. Os traders agora veem 97,3% de chance de o BC dos Estados Unidos não alterar os juros. Na véspera (13), a probabilidade era de 97,9%.
Amanhã (15) será a vez do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) nos Estados Unidos. Embora não seja o indicador inflacionário preferido do Fed, os agentes financeiros acompanham o CPI para calibrar as projeções para os preços.
Confira o fechamento dos índices de Nova York:
- S&P 500: +0,11%, aos 5.842,91 pontos;
- Dow Jones: +0,52%, aos 42.518,28 pontos;
- Nasdaq: -0,23%, aos 19.044,39 pontos.