Ibovespa ganha força com recuperação de NY e fecha em leve alta; dólar cai a R$ 5,80 após dados de inflação e tarifas de Trump

O Ibovespa (IBOV) vivenciou uma ‘montanha-russa’ no pregão, em dia de reação aos balanços, inflação brasileira em linha com o esperado e leve recuperação das bolsas de Nova York. A taxação sobre o aço e alumínio pesou sobre as empresas de commodities metálicas e limitou os ganhos do índice.
Nesta quarta-feira (12), o principal índice da bolsa brasileira fechou com alta de 0,29%, aos 123.866,39 pontos.
Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,8088, com queda de 0,05%.
Altas e quedas no Ibovespa
Entre os ativos negociados no Ibovespa, as ações da Cogna (COGN3) ganham destaque com os investidores na expectativa pelo balanço do quarto trimestre (4T24) — que será divulgado ainda hoje depois do fechamento do mercado.
Já na ponta negativa, Azzas 2154 (AZZA3) liderou as perdas com queda de mais de 12% em reação aos números do resultado do 4T24. Na avaliação do BTG Pactual, a varejista apresentou resultados mistos, com um crescimento “decente” da receita, mas um Ebitda abaixo das expectativas.
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Entre os pesos-pesados, o tom foi misto: a Petrobras (PETR4;PETR3) acompanhou o desempenho do petróleo e terminou a sessão em leve alta. Já Vale (VALE3) caiu mais de 1% com a taxação de importação sobre aço e alumínio imposta pelos Estados Unidos e que entrou em vigor nesta quarta-feira (12).
Exterior
Nos Estados Unidos, novos dados de inflação e as incertezas sobre as políticas tarifárias concentraram as atenções dos investidores. Os índices de Nova York encerraram o dia sem direção única.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,2% em fevereiro na comparação com o mês anterior e acumula alta de 2,8% em 12 meses. Mesmo com a aceleração na base mensal, os números vieram abaixo do esperado pelo mercado.
Após o CPI, o mercado consolidou as apostas de corte de 75 pontos-base nos juros norte-americanos pelo Federal Reserve (Fed) até o final deste ano. Hoje, a taxa está no intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano.
Os agentes financeiros também mantiveram junho como o mês mais provável para a retomada do ciclo de cortes nos juros pelo Fed.
Além disso, as tarifas de 25% sobre a importação de aço e alumínio entraram em vigor nesta quarta-feira (12). Em reação, o Canadá anunciou taxas retaliatórias de 25% sobre mais de US$ 20 bilhões em produtos norte-americanos. A União Europeia também prometeu impor taxas sobre os EUA a partir de abril.
Confira o fechamento dos índices de Nova York:
- Dow Jones: -0,20%, aos 41.350,93 pontos;
- S&P 500: +0,49%, aos 5.599,30 pontos;
- Nasdaq: +1,22%, aos 17.648,45 pontos.