Mercados

Ibovespa ganha força com recuperação de NY e fecha em leve alta; dólar cai a R$ 5,80 após dados de inflação e tarifas de Trump

12 mar 2025, 17:28 - atualizado em 12 mar 2025, 17:33
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O Ibovespa interrompeu a sequência de perdas e subiu aos 123 mil pontos com dados de inflação no Brasil e nos EUA; Vale (VALE3) limitou os ganhos (Imagem: Money Times)

O Ibovespa (IBOV) vivenciou uma ‘montanha-russa’ no pregão, em dia de reação aos balanços, inflação brasileira em linha com o esperado e leve recuperação das bolsas de Nova York. A taxação sobre o aço e alumínio pesou sobre as empresas de commodities metálicas e limitou os ganhos do índice.

Nesta quarta-feira (12), o principal índice da bolsa brasileira fechou com alta de 0,29%, aos 123.866,39 pontos. 

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,8088, com queda de 0,05%.

No cenário doméstico, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) concentrou as atenções do mercado. A inflação brasileira subiu 1,31% em fevereiro, uma alta de 0,16% em janeiro. O número ficou em linha com as estimativas do mercado. No ano, o IPCA registra alta de 1,47% e em 12 meses, 5,06%.

Na reta final do pregão, os investidores repercutiram notícias de que o governo propôs um corte de R$ 7,7 bilhões no programa Bolsa Família no Orçamento deste ano, ampliando a redução de despesas já prevista no pacote fiscal aprovado no ano passado. Antes, a previsão era de corte de R$ 2 bilhões no Bolsa Família em 2025.

Altas e quedas no Ibovespa 

Entre os ativos negociados no Ibovespa, as ações da Cogna (COGN3) ganham destaque com os investidores na expectativa pelo balanço do quarto trimestre (4T24) — que será divulgado ainda hoje depois do fechamento do mercado.

Já na ponta negativa, Azzas 2154 (AZZA3) liderou as perdas com queda de mais de 12% em reação aos números do resultado do 4T24. Na avaliação do BTG Pactual, a varejista apresentou resultados mistos, com um crescimento “decente” da receita, mas um Ebitda abaixo das expectativas.

Entre os pesos-pesados, o tom foi misto: a Petrobras (PETR4;PETR3) acompanhou o desempenho do petróleo e terminou a sessão em leve alta. Já Vale (VALE3) caiu mais de 1% com a taxação de importação sobre aço e alumínio imposta pelos Estados Unidos e que entrou em vigor nesta quarta-feira (12).

Exterior 

Nos Estados Unidos, novos dados de inflação e as incertezas sobre as políticas tarifárias concentraram as atenções dos investidores. Os índices de Nova York encerraram o dia sem direção única.

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,2% em fevereiro na comparação com o mês anterior e acumula alta de 2,8% em 12 meses. Mesmo com a aceleração na base mensal, os números vieram abaixo do esperado pelo mercado.

Após o CPI, o mercado consolidou as apostas de corte de 75 pontos-base nos juros norte-americanos pelo Federal Reserve (Fed) até o final deste ano. Hoje, a taxa está no intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano.

Os agentes financeiros também mantiveram junho como o mês mais provável para a retomada do ciclo de cortes nos juros pelo Fed.

Além disso, as tarifas de 25% sobre a importação de aço e alumínio entraram em vigor nesta quarta-feira (12). Em reação, o Canadá anunciou taxas retaliatórias de 25% sobre mais de US$ 20 bilhões em produtos norte-americanos. A União Europeia também prometeu impor taxas sobre os EUA a partir de abril.

Confira o fechamento dos índices de Nova York: 

  • Dow Jones: -0,20%, aos 41.350,93 pontos;
  • S&P 500: +0,49%, aos 5.599,30 pontos;
  • Nasdaq: +1,22%, aos 17.648,45 pontos.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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