Mercados

Ibovespa fica no vermelho com Petrobras (PETR4) e Wall Street; dólar volta a cair e fecha a R$ 5,81 com tarifas de Trump

11 mar 2025, 17:29 - atualizado em 11 mar 2025, 17:55
ibovespa
O Ibovespa estendeu as perdas da véspera com nova queda das bolsas de NY, em meio ao anúncio de novas tarifas por Trump (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) estendeu as perdas da sessão anterior, mais uma vez, pressionado pelas movimentações do exterior, mesmo o alívio do temor de recessão da maior economia do mundo. As tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos dividiram as atenções com as negociações de cessar-fogo entre Ucrânia e Rússia e a estagnação da indústria brasileira.

Nesta terça-feira (11), o principal índice da bolsa brasileira fechou com queda de 0,81%, aos 123.507,35 pontos. 

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,8117, com queda de 0,69%.

No cenário doméstico, o mercado repercutiu dados da indústria. A produção industrial ficou estável em janeiro na comparação com o mês anterior. O resultado frustrou as expectativas dos economistas consultados pela Reuters, que projetavam um crescimento de 0,5% no mês.

Agora, há a expectativa pela divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que deve ser divulgado nesta quarta-feira (12).

Altas e quedas na bolsa 

Fora do Ibovespa, as ações da Casas Bahia (BHIA3) dispararam pelo segundo dia consecutivo, ainda com a pressão dos investidores que têm posição vendida na varejista.

Já entre os ativos negociados no principal índice da bolsa brasileira, Rede D’Or (RDOR3) figurou entre as maiores perdas do Ibovespa em reação ao balanço do quarto trimestre.

Embora a Rede D’or tenha apresentado crescimento no lucro líquido entre setembro e dezembro, a companhia reportou resultados mistos, na avaliação dos analistas. O principal destaque negativo foi a tendência operacional do segmento hospital mais fraca do que o esperado, com a abertura de leitos abaixo do guidance e das projeções do mercado. 

A ação da rede de hospitais também ficou entre as mais negociadas na B3 com mais de 44,7 mil negócios.

Os papéis da LWSA (LWSA3), antiga Locaweb, Automob (AMOB3) e Vivara (VIVA3) fecharam o pregão entre as maiores altas do Ibovespa, em meio ao alívio na curva de juros futuros.

Entre os pesos-pesados, Petrobras (PETR4;PETR3) caiu mais de 1% na contramão do petróleo, enquanto Vale (VALE3) fechou em alta com o possível recuo de Trump sobre a taxação sobre aço e alumínio canadenses.

Exterior 

Nos Estados Unidos, os investidores reduziram o temor sobre uma recessão econômica e reagiram ao anúncio de novas tarifas contra o Canadá.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma tarifa adicional de 25% sobre o aço e o alumínio canadense — elevando a alíquota para 50%.

Após o anúncio, Ontário, província do Canadá, suspendeu a sobretaxa de 25% sobre a eletricidade para os EUA de forma temporária.

Já no final da tarde, Trump disse que pode recuar da decisão caso o Canadá se torne o 51º Estado norte-americano. Ele também disse que não vem nenhuma recessão nos EUA e que a economia norte-americana “vai crescer muito”.

Na reta final do pregão, os índices de Nova York chegaram a testar alta com o anúncio de que a Ucrânia aceitou o acordo, mediado pelos EUA, de cessar-fogo temporário por 30 dias. O acordo de paz ainda carece da aprovação da Rússia.

O mercado ainda ficou em compasso pelo índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de fevereiro. O dado será divulgado amanhã (12). Embora o CPI não seja a referência preferida do Federal Reserve (Fed) para inflação, o dado ajuda o mercado a calibrar as apostas sobre a trajetória de juros do país.

Confira o fechamento dos índices de Nova York: 

  • Dow Jones: -1,14%, aos 41.433,48 pontos;
  • S&P 500: -0,75%, aos 5.572,07 pontos;
  • Nasdaq: -0,18%, aos 17.436,10 pontos.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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