Mercados

Ibovespa engata mais um queda com Vale (VALE3) e atinge menor nível desde novembro de 2023; dólar sobe a R$ 6,18

03 jan 2025, 18:14 - atualizado em 03 jan 2025, 18:41
Queda-Ibovespa
O Ibovespa seguir em tendência de queda no 2º pregão do ano; enfraquecimento do minério de ferro e cenário fiscal pressionaram o índice (Imagem: iStock/hernan4429)

O Ibovespa (IBOV) repetiu o desempenho da véspera e fechou a segunda sessão do ano em tom negativo, em meio à baixa liquidez e o enfraquecimento do minério de ferro — que pressionou os pesos-pesados do índices, como a Vale (VALE3).

Nesta sexta-feira (3), o principal índice da bolsa brasileira recuou 1,33%, aos 118.532,68 pontos — no menor nível desde novembro de 2023. Na semana, mais curta pelo feriado de Ano Novo, o Ibovespa acumulou baixa de 1,45% — a quarta semana consecutiva de quedas. 

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 6,1821 (+0,32%). Na semana, a moeda norte-americana caiu 0,18% sobre o real. 

No cenário doméstico, as incertezas sobre as contas públicas e a trajetória da dívida continuaram a drenar o risco dos investidores.

Altas e quedas do Ibovespa

Entre os ativos negociados no Ibovespa, Vale (VALE3) caiu mais de 1% e puxou o tom negativo do índice.

Os papéis da mineradora acompanham o desempenho do minério de ferro, que caiu mais de 2% com alguns traders liquidando posições compradas devido à demanda fraca depois que a maioria das siderúrgicas da China concluiu o reabastecimento de matérias-primas antes do feriado.

O contrato mais líquido da commodity, com vencimento em maio, encerrou as negociações do dia com queda de 2,18%, a 764 yuans (US$ 104,6) a tonelada, o menor valor desde 30 de dezembro, na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China.

Ainda entre os pesos-pesados, Petrobras (PETR4;PETR3) também terminou a sessão em baixa, a despeito do avanço do petróleo.

Já a ponta positiva foi liderada por Eneva (ENEV3), que subiu mais de 6% durante o pregão e recuperou parte das perdas da véspera.

Ontem (2), as ações da companhia foram pressionadas pela portaria do Ministério de Minas e Energia (MME) com regras de um leilão de capacidade para térmicas e hidrelétricas — que deve retirar a companhia do certame.

Na avaliação do BTG Pactual, a reação negativa foi “desproporcional” e os papéis ainda apresentam uma “oportunidade bastante assimétrica”.

Exterior 

Nos Estados Unidos, os investidores continuaram na expectativa pelo início do governo de Donald Trump, com a perspectiva de acirramento de guerras comerciais devido às promessas de tarifas pelo republicano.

Os agentes financeiros também reagiram a novos dados econômicos e declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed).

O índice de atividade econômica (PMI, na sigla em inglês) da indústria subiu para 49,3 em dezembro, a leitura mais alta desde março, de 48,4 em novembro. O dado foi divulgado pelo Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM). Apesar do avanço, uma leitura do PMI abaixo de 50 indica contração no setor industrial.

Os economistas consultados pela Reuters, por sua vez, previam que o PMI permaneceria inalterado em 48,4. O avanço ‘inesperado’ do setor reforçou as apostas de que os juros devem seguir elevados por mais tempo.

Após o dado, os traders passaram a ver 88,8% de chance de o Federal Reserve (Fed) manter os juros na faixa de 4,25% a 4,50% na próxima decisão, ainda neste mês.

Vale lembrar que na última reunião, o Fed sinalizou apenas dois cortes de juros, de 0,25 pontos percentuais cada, ao longo de 2025.

Hoje (4), o presidente da unidade do Fed de Richmond, Thomas Barkin, disse que os juros seguirão restritivos até que haja mais certeza de que a inflação está retornando à meta de 2%.

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • S&P 500: +1,26%, aos 5.942,47 pontos;
  • Dow Jones: +0,80%, aos 42.732,13 pontos;
  • Nasdaq: +1,17%, aos 19.621,68 pontos.

Na semana, o saldo foi negativo. Os índices recuaram cerca de 0,50%.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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