Mercados

No fim, Ibovespa vira e fecha no azul, apoiado em blue chips

30 jan 2020, 18:49 - atualizado em 30 jan 2020, 18:50
Ibovespa Mercados
O Ibovespa subiu 0,12%, a 115.528,04 pontos (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O Ibovespa fechou praticamente estável nesta quinta-feira, com preocupações sobre os reflexos do surto de coronavírus na China ditando volatilidade, mas a recuperação de blue chips já no final do pregão ajudando-o a fechar no azul.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa (IBOV) subiu 0,12%, a 115.528,04 pontos, tendo recuado abaixo de 113 mil pontos no pior momento da sessão, tocando mínima intradia em seis semanas.

O volume financeiro do pregão somou 24,8 bilhões de reais.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a epidemia de coronavírus na China agora constitui uma emergência de saúde pública de interesse internacional, em meio a evidências crescentes do vírus se espalhando para 18 países.

O número total de mortes pelo vírus confirmadas na China alcançou 170, com casos confirmados chegando a 7.711. Fora do país, a OMS estimou cerca de 100 casos confirmados.

De acordo com agentes financeiros, a preocupação nos mercados está principalmente relacionada aos potenciais reflexos do avanço do vírus na economia chinesa e suas consequências para a atividade econômica global.

Nos Estados Unidos, as bolsas também mostraram volatilidade, mas fecharam no azul, na esteira de resultados corporativos trimestrais e o comportamento do PIB norte-americano em 2019.

O S&P 500 fechou com acréscimo de 0,31%.

Para profissionais da área de renda variável, a queda mais forte recente abriu oportunidade para compras. Até a mínima da sessão, o Ibovespa chegou a acumular perda de 4,7% na semana.

Em relatório, a equipe do Safra afirmou seguir com uma visão otimista para o Ibovespa, que eles veem alcançando 140 mil pontos no fim do ano, ante 130 mil pontos estimados antes.

“Nossa visão mais otimista decorre de uma redução na taxa de desconto, considerando a perspectiva macro relativamente benigna, que deve permitir taxas de juros baixas e risco país reduzido”, afirmaram Luis F. Azevedo e equipe.

Na visão dos analistas, a recuperação econômica gradual, o baixo nível contínuo de taxa de juros e o aumento do fluxo de recurso no mercado de ações devem apoiar o bom momento e levar a uma maior valorização do Ibovespa.

Destaques

Bradesco (BBDC4) subiu 1% e Itaú Unibanco (ITUB4) avançou 1,46%, enquanto Banco do Brasil (BBAS3) avançou 0,69% e Santander (SANB11) evoluiu 0,75%.

Vale (VALE3) avançou 1,48%, revertendo perdas do começo da sessão, após declínio acentuado nesta semana em razão da sua exposição à China. Nos últimos três pregões, acumulou queda de 5,5%. No setor de mineração e siderurgia, Gerdau (GGBR4) valorizou-se 2,98%.

Petrobras (PETR4) encerrou em alta de 2,08%, apesar do declínio nos preços do petróleo no exterior. Petrobras (PETR3) subiu 0,31%. A empresa anunciou que reduzirá o preço médio da gasolina e do diesel em 3% nas refinarias a partir de sexta-feira.

Braskem (BRKM5) recuou 3,2%, com o clima de aversão a risco abrindo espaço para realização no papel da petroquímica, que acumulava em 2020 até a véspera valorização de 10%.

WEG (WEGE3) fechou em baixa de 3,35%, também passando por correção após renovar cotação recorde na quarta-feira, com a alta no ano acumulada até então superando 20%.

Ânima Educação (ANIM3) subiu 1,62%, após precificar na véspera oferta primária de ações a 36,25 reais por papel, que resultou em efetivo aumento do capital social da companhia de 1,1 bilhão de reais.

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