Mercados

Ibovespa: Entenda por que dá para acreditar que ‘maré boa’ vai continuar nos próximos meses

31 ago 2022, 15:28 - atualizado em 31 ago 2022, 15:28
Ibovespa, Ações, Mercados, B3
Há motivos para acreditar que o Ibovespa se manterá em alta no curto prazo, de acordo com a Guide Investimentos (Imagem: Tainá da Silva)

A forte baixa do pregão passado assustou, mas não significa que a trajetória de recuperação do Ibovespa foi rompida.

O principal índice da B3 (B3SA3) testa alta nesta quarta-feira (31) e caminha para fechar agosto com valorização de 8%, melhor desempenho entre todas as Bolsas globais.

Na avaliação da Guide Investimentos, há motivos para acreditar que o Ibovespa se manterá em alta no curto prazo.

Segundo a corretora, a melhora do cenário internacional (menor inflação e pressão para aumento de juros, além de menor preocupação com a guerra entre Rússia e Ucrânia) e o fim do ciclo de aumento de juros no Brasil podem ajudar a sustentar o índice.

E mesmo o risco das eleições parece menor, acrescenta.

Para completar, as posições dos gestores brasileiros em ações continuam baixas. A Guide acredita que os níveis baixos de alocação dos fundos multimercados em Bolsa explicam a forte alta do mercado nos últimos dias.

“Com a alta do Ibovespa e do S&P, muitos gestores acabaram aumentando a alocação em bolsa. Isto provavelmente acontece tanto por ‘stop’ em posições vendidas quanto pelo aumento da posição comprada visando evitar ter uma performance muito fraca em momentos de alta do mercado”, comenta.

Alocação ainda baixa

Pelos cálculos da Guide, a alocação estimada dos fundos multimercados, calculada a partir da correlação dos retornos do Índice de Hedge Funds da Anbima (IHFA) com o retorno do mercado de ações brasileiro, está próximo de 5%, tendo chegado a perto de zero em maio deste ano. A média dos últimos cinco anos é de aproximadamente 12%.

Considerando Ibovespa e S&P 500, a alocação estimada em ações está muito baixa para os padrões históricos, destaca a corretora: menos de 10% atualmente ante média de quase 25% nos últimos três anos.

“A alocação atual em renda variável dos fundos multimercados é menos da metade da média dos últimos anos”, completa.

A Guide reforça que a baixa alocação dos principais fundos brasileiros contribuirá para manter a boa performance do Ibovespa nos próximos meses, “a menos que ocorram grandes surpresas negativas nos próximos dias/semanas”.

Além disso, a corretora acrescenta que a economia e o lucro das empresas vêm mostrando crescimento acima do esperado, e, mesmo nos mercados internacionais, há pontos positivos, como a redução dos juros na China.

“Olhando pra frente, com a redução dos riscos, é provável que os fundos migrem para ativos mais arriscados”, conclui.

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