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Ibovespa hesita após três quedas seguidas com balanços no radar; Embraer sobe mais de 5%

13 ago 2021, 10:23 - atualizado em 13 ago 2021, 11:51
B3 Ibovespa 56
O volume financeiro somava 5,9 bilhões de reais (Imagem: Facebook/B3)

O Ibovespa (IBOV) hesitava nesta sexta-feira, após três quedas seguidas, em mais um dia cheio de resultados, com Magazine Luiza (MGLU3) entre as maiores pressões de baixa depois do balanço, enquanto Embraer (EMBR3) avançava mais de 5% na esteira de projeções positivas para 2022.

Às 11:11, o Ibovespa caía 0,07%, a 120.617,66 pontos. Na máxima, mais cedo, chegou a 121.250,91 pontos (+0,46%). No pior momento, chegou a 120.076,62 pontos. O volume financeiro somava 5,9 bilhões de reais.

Na semana, o Ibovespa acumula declínio de quase 1,8%, em meio a contínuas preocupações com o cenário fiscal do país, bem como a trajetória da inflação e dos juros, além de ruídos políticos persistentes.

Analistas da Mirae Asset aguardam mais um dia de volatilidade para o Ibovespa, que segue atrasado em relação aos seus pares do exterior. “Acreditamos que a qualquer momento possa ocorrer um ajuste técnico, mas vai depender muito do fluxo de notícias políticas de Brasília”, acrescentaram.

Em Nova York, o Dow Jones e o S&P 500 renovaram máximas históricas, após resultados acima da expectativa da Walt Disney, caminhando para a segunda semana de alta, apoiados em sinais de arrefecimento da inflação e uma forte recuperação nos balanços corporativos.

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Destaques

Embraer (EMBR3) avançava 5,3% após a fabricante de aeronaves reportar nesta sexta-feira o primeiro lucro trimestral recorrente em mais de três anos, além de ter retomado seu “guidance”, à medida que se beneficia de uma recuperação parcial do setor de viagens.

O presidente da companhia também disse que espera um 2022 mais forte.

CPFL Energia (CPFE3) valorizava-se 4,3%, com um salto de 143,6% no lucro do segundo trimestre, para 1,126 bilhão de reais, em meio a uma retomada no consumo de eletricidade no país.

No setor, Energisa (ENGI3) mostrava acréscimo de 3,5%, após reverter prejuízo e registrar lucro de 749 milhões de reais no segundo trimestre.

Cogna (COGN3) tinha elevação de 3,7%, após reduzir o prejuízo para 92,9 milhões de reais no segundo trimestre, em período ainda marcado pela queda de receitas pressionada pelo segmento de ensino superior presencial, mas com menores provisões.

Natura&co (NATU3) subia 3,1%, tendo de pano de fundo lucro de cerca de 235 milhões de reais no segundo trimestre, revertendo prejuízo do ano anterior, graças às estratégias aprimoradas de e-commerce e integração com a norte-americana Avon.

O presidente-executivo disse que a Natura está no caminho certo para cumprir suas metas para 2023.

Americanas (AMER3) perdia 6,3% apesar do lucro de 225 milhões de reais no segundo trimestre, revertendo prejuízo proforma um ano antes, no primeiro resultado após a combinação dos ativos da antiga B2W com os da Lojas Americanas.

Também estimou sinergias da combinação de negócios com a B2W de 1,6 bilhão de reais até 2024.

Magazine Luiza (MGLU3) cedia 3,9%, mesmo após divulgar outro forte conjunto de resultados no segundo trimestre na visão de analistas, mas com desaceleração do crescimento do e-commerce em relação aos trimestres anteriores, embora ainda mostrando aumento da participação de mercado.

Rumo (RAIL3) caía 2,3%, apesar de a concessionária de logística divulgar aumento de receitas no segundo trimestre, favorecida pelo aumento de volumes transportados e das tarifas cobradas de clientes, uma vez que efeitos ligados à renovação da Malha Paulista pesaram no lucro.

Sabesp (SASP3) recuava 2%, com a receita no segundo trimestre praticamente estável, enquanto o lucro da companhia de saneamento básico do Estado de São Paulo mais do que dobrou, para 773,1 milhões de reais, refletindo sobretudo efeito da valorização do real contra o dólar.