Ibovespa engata 6ª alta e ultrapassa 129 mil pontos pela 1ª vez com blue chips
O Ibovespa subiu pelo sexto pregão seguido nesta quarta-feira, renovando máximas históricas, respaldado pelo forte desempenho de blue chips, particularmente Itaú Unibanco e Petrobras.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa (IBOV) avançou 1,04%, a 129.601,44 pontos, máxima da sessão e nova marca histórica, superando os 129 mil pontos pela primeira vez.
A última fez em que o Ibovespa registrou uma série de seis altas foi no começo de novembro do ano passado. E o último registro de mais do que seis pregões consecutivos de valorização ocorreu cerca de um ano atrás.
O volume financeiro nesta véspera de feriado no Brasil somou 41 bilhões de reais, acima da média diária do ano, de 35,3 bilhões de reais, conforme números no site da B3.
“Não alteramos o nosso nível de convicção do último comitê, mas alteramos um pouco o viés para mais positivo. A gente estava um pouco mais neutro e agora estamos um pouco mais positivos para Brasil”, acrescentou.
A Kilima trabalha com um cenário de 142 mil pontos no fim do ano para o Ibovespa, mas não descarta movimentos de realizações “que são prudentes e normais”, afirmou.
O fôlego recente no pregão também tem como suporte o fluxo de capital externo para o mercado à vista, com maio encerrando com saldo positivo de 12,2 bilhões de reais, após abril também ter registrado entrada líquida de 7 bilhões de reais.
Destaques
Itaú Unibanco (ITUB4) valorizou-se 3,33%, tendo de pano de fundo declarações de executivos do banco no sentido de melhora na margem financeira.
Também prometeram ser mais ativos em fazer aquisições e formar parceria com competidores menores.
No setor, Banco do Brasil (BBAS3) subiu 3,59% e Bradesco (BBDC4) avançou 3,9%.
Petrobras (PETR3) teve alta de 4,96% e Petrobras (PETR4) subiu 2,82%, favorecidas pela alta do petróleo, mas também emissão pela companhia de uma nova série de títulos no mercado internacional e anúncio de que elevou em 30% refino do petróleo do pré-sal.
Brf (BRFS3) avançou 4,11%, em sessão marcada por novo leilão na bolsa paulista com ações da companhia. Uma fonte com conhecimento sobre o assunto disse à Reuters que a Marfrig comprou papéis da BRF no leilão, buscando ampliar sua fatia de 24% para até 30%. Marfrig (MRFG3) subiu 2,6%.
B3 (B3SA3) caiu 3,9%, após três pregões seguidos de alta. Analistas do JPMorgan cortaram a recomendação das ações para ‘neutra’ e o preço-alvo a 21 reais, citando volumes mais fracos, mas também especulando sobre a renúncia recente do executivo da XP José Berenguer do conselho de administração da B3 e a potencial criação de uma nova bolsa.
Vale (VALE3) subiu 1,41%, com os futuros do minério de ferro na China valorizando-se nesta quarta-feira, descolando de outros papéis do setor de mineração e siderurgia do Ibovespa, com Usiminas (USIM5) caindo 2,78%, Gerdau(GGBR4) recuando 2,14% e Csn (CSNA3) perdendo 1,73%.