Ibovespa encerra a semana com balanço da Petrobras e emprego nos EUA
O Ibovespa encerra a semana do pós-eleições dividido entre a Petrobras, com seu balanço robusto e dividendos gordos, e os dados de emprego nos Estados Unidos. Enquanto a estatal petroleira deve dar ritmo à bolsa brasileira, conforme sinalizam os recibos de ações (ADRs), números fortes do payroll podem manter os ativos de risco sob pressão.
Ainda mais depois do morde-e-assopra do Federal Reserve na última quarta-feira (2), quando Jerome Powell sugeriu que pode até reduzir o ritmo de alta dos juros em dezembro. Porém, a taxa terminal do atual ciclo de aperto deve ser mais elevada, já na faixa de 5%.
Contudo, a expectativa é de que a criação de vagas nos EUA em outubro seja a menor em quase dois anos. E qualquer sinal de moderação no mercado de trabalho norte-americano pode levar a um rali de alívio (“relief rally”) nos mercados globais. Tanto que os índices futuros das bolsas de Nova York amanheceram em alta.
O movimento lá fora também é ajudado por rumores de um possível alívio nas restrições da política de Covid Zero na China. O minério de ferro saltou quase 3% no mercado futuro em Dalian, estimulando os ADRs da Vale no pré-mercado em Nova York. Por ora, porém, nenhum sinal de mudança de postura de Pequim no combate ao coronavírus.
Ibovespa comprou Lula
Por aqui, o pós-eleição tem sido marcado por bom desempenho do Ibovespa e do dólar. O movimento é impulsionado pelo apetite dos investidores estrangeiros pelos ativos locais, em meio à percepção de que o “gringo loves Lula”.
Dados da B3 mostram que no dia seguinte ao resultado das urnas, na última segunda-feira (31), o fluxo de capital externo foi positivo em R$ 1,9 bilhão. Foi a maior entrada diária em dez dias, inflando o saldo acumulado no mês passado para pouco mais de R$ 14 bilhões.
Os aportes fizeram com que o Ibovespa registrasse naquele dia a maior alta no primeiro dia pós-eleição desde 1994. Da mesma forma, o real brasileiro teve a maior valorização depois da escolha de um presidente da República.
Com o ex-presidente de volta ao cargo a partir de 2023 e o gringo comprando um terceiro mandato de Lula, o fluxo forte tende a inibir as perdas locais. Da mesma forma, os ganhos esperados para a Petrobras e a Vale hoje tendem a amortecer eventuais contágios vindos do exterior. A conferir.
A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 7h55:
EUA: o futuro do Dow Jones subia 0,59%; o do S&P 500 avançava 0,76%; enquanto o Nasdaq tinha alta de 0,80%;
Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 subia 1,34%; a bolsa de Frankfurt crescia 1,47%; a de Paris tinha alta de 1,95% e a de Londres ganhava 1,15%
Câmbio: o DXY tinha queda de 0,43%, a 112.44 pontos; o euro subia 0,44%, a US$ 0,9794; a libra subia 0,53%, a US$ 1,1218; o dólar caia 0,35% ante o iene, a 147,76 ienes.
Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 4,149%, de 4,154% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,751%, de 4,729% na sessão anterior
Commodities: o futuro do ouro subia 1,31%, a US$ 1.652,00 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI saltava 3,36%, a US$ 91,12 o barril; o do petróleo Brent ganhava 2,93%, a US$ 97,43 o barril; o contrato futuro mais líquido do minério de ferro negociado em Dalian (China) fechou em alta de 2,61%, a 648 yuans a tonelada.
Siga o Money Times no Instagram!
Conecte-se com o mercado e tenha acesso a conteúdos exclusivos sobre as notícias que enriquecem seu dia! Todo dia um resumo com o que foi importante no Minuto Money Times, entrevistas, lives e muito mais… Clique aqui e siga agora nosso perfil!