Ibovespa em queda livre: fundo do poço pode estar 3% abaixo do atual patamar
O Ibovespa segue em queda livre nesta quinta-feira (21), impactado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que declarou que precisa de uma licença para furar o teto de gastos públicos para acomodar o Auxílio Brasil de R$ 400 – um programa vital para que o presidente Jair Bolsonaro tenha chances de se reeleger em 2022.
Às 14h59, o principal índice da B3 derretia 4,34% e marcava 105.976 pontos. Se o pregão encerrasse naquele momento, os investidores amargariam uma queda acumulada de 11% sobre os 119.017 pontos com que o mercado fechou no último dia de 2020.
A má notícia é que a tendência de baixa está longe de se esgotar. Pelo menos, é o que aponta Igor Graminhani, analista gráfico da Genial Investimentos, o único que, em seu relatório diário aos clientes, já considerava a hipótese de o Ibovespa sofrer uma queda mais acentuada.
Corda-bamba
Enquanto os grafistas do Banco Safra ainda trabalhavam com o último suporte de curto prazo em 106 mil pontos, os da Ágora paravam nos 107.500, e os da XP Investimento falavam em 107.200 nos relatórios aos clientes de hoje cedo, Graminhani já traçou cenários com suportes bem abaixo desses.
Para o analista, a região a ser monitorada está em 105.545 pontos – muito próxima do que o Ibovespa opera agora à tarde. Caso rompa este piso, o suporte mais próximo estaria em 102.030 pontos. Isso representaria uma queda adicional de 3,33% sobre o primeiro piso. E, pior do que isso: seria um tombo acumulado de 14,3% sobre o último pregão do ano passado.