Ibovespa em disparada: O fator ‘surpresa’ que faz mercado festejar nesta segunda
O Ibovespa dispara nesta segunda-feira (8), recuperando parte das perdas da semana passada, quando caiu 1%. Por volta das 12h32, o índice disparava 1,36%, a 128.516,20 pontos.
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A alta ocorre, basicamente, puxado pela Vale (VALE3), que salta 4,54%, em meio à esticada do minério de ferro em um momento de desconfiança com o crescimento econômico da China.
O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 3,19%, a 791,5 iuanes (109,42 dólares) a tonelada, o maior valor desde 26 de março.
Já o minério de ferro de referência de maio na Bolsa de Cingapura subiu 6,15%, para 104,4 dólares a tonelada, também o valor mais alto desde 26 de março.
O contrato de Cingapura havia caído 1% durante as negociações de 4 a 5 de abril, quando os mercados chineses estavam fechados para um feriado, depois que Pequim disse na última quarta-feira que continuaria a administrar a produção de aço bruto em 2024.
Daniel Abrahão, sócio na iHUB Investimentos, diz que o minério subiu alimentado pela esperança de medidas para fortalecer a indústria siderúrgica na China e prevendo um aumento na demanda após o feriado por parte das siderúrgicas asiáticas.
“O movimento, apesar de positivo, é pouco representativo em relação à dinâmica de tendência. É um movimento em função do minério de ferro. Vemos, mais uma vez, a entrada de fluxo comprador nessa região. O minério de ferro afeta bastante o mercado. Puxou Vale, puxou as metálicas. Também observamos recuperação de bancos”, destaca Victor Benndorf, analista da corretora que leve o seu sobrenome.
A Petrobras (PETR4), que segue nos holofotes, opera estável, com queda de 0,59%. Segundo informações da Folha de S. Paulo, o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deverão se encontrar hoje para definir o futuro de Jean Paul Prates.
Investidores também estão na expectativa da pauta da semana, marcada por dados de preços ao consumidor no Brasil e nos Estados Unidos que devem ajudar a calibrar as apostas para os próximos movimentos dos bancos centrais de ambos os países.
Com Reuters