Ibovespa fecha em alta hoje (24), após 5 quedas seguidas. O pior já passou? Veja o que dizem 3 analistas
O Ibovespa (IBOV) quebrou a sequência de queda dos últimos cinco pregões, e fechou em alta de 0,87% nesta terça-feira (24), a 113.761,90 pontos. Mas ainda é muito cedo para cravar estamos diante de uma virada no ciclo negativo. Se quiser, mesmo, consolidar uma tendência de alta, o Ibovespa precisa se sustentar num patamar ainda maior.
Pelo menos, é o que sinalizam os analistas gráficos do Itaú BBA, Genial Investimentos e Necton, cuja metodologia busca detectar tendências de curtíssimo prazo. Na média das três casas, a primeira resistência está na região dos 116.067 pontos.
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Na análise técnica, resistência é um ponto do gráfico que, se rompido, abre espaço para buscar altas ainda maiores. Se respeitado, faz o índice andar de lado ou, na pior das hipóteses, inverter a direção e retomar a tendência de baixa.
Como o Ibovespa fechou em 112.785 pontos ontem (23), é o mesmo que dizer que o fim do ciclo que queda dos últimos dias só será confirmado, se o benchmark brasileiro subir mais de 3,39% – e se sustentar lá por algum tempo.
Veja as projeções de Itaú BBA, Genial e Necton para o Ibovespa no curto prazo:
Casa | Fechamento* | 1º resistência | % alta** |
---|---|---|---|
Genial | 112.785 | 117.100 | 3,83 |
Itaú BBA | 112.785 | 114.100 | 1,17 |
Necton | 112.785 | 117.000 | 3,74 |
Média | 112.785 | 116.067 | 2,91 |
*23/out | |||
**sobre 23/out |
O desafio fica ainda maior, quando se lembra que, como toda média, essa resistência de 116.607 pontos só está aí, porque o Itaú BBA a puxa para baixo, ao estabelecer sua primeira resistência nos 114.100 pontos. A Genial e a Necton são mais conservadoras, e projetam resistências bem acima – na casa dos 117 mil pontos.
Para o Itaú BBA, a resistência ao redor dos 117 mil pontos é a terceira da fila. Para alcançá-la, o Ibovespa ainda teria que romper um teto intermediário nos 115.400 pontos.
Ibovespa: Banco Safra está otimista para 2024
O Safra projeta o Ibovespa em 142 mil pontos ao final de 2024, o que representa um potencial de alta de cerca de 26% para o índice. Segundo analistas do banco, o Ibovespa pode subir apoiado no processo de desinflação, que deve levar a taxa Selic para baixo e, consequentemente, impulsionar o crédito e elevar o consumo.
O prognóstico considera uma inflação de 3,3% e Selic a 8,75% ao final do período, enquanto o PIB deve crescer 2,5%. Os analistas não descartam que a busca pelo equilíbrio fiscal no Brasil possa implicar em maiores impostos corporativos, embora essas medidas não sejam garantia para o governo atingir a sua meta.
“As perspectivas dos mercados globais ainda são desafiadoras e que a disciplina fiscal é fundamental para garantir uma perspectiva favorável”, disseram em relatório.