Ibovespa em 130 mil pontos: Investidor foge para renda fixa, apesar de projeção para 2023
A renda fixa continua como a preferência número dos brasileiros na hora de investir em 2023, mesmo que pesquisa elaborada pela XP Investimentos aponte que o Ibovespa (IBOV) têm maiores chances de encerrar o ano aos 130 mil pontos, implicando no potencial de valorização de 16%.
O levantamento com 418 repostas únicas revela que 33% dos assessores de investimentos da XP e de escritórios credenciados esperam que o principal índice da Bolsa brasileira termine o ano entre 120 mil e 130 mil pontos, conforme pesquisa feita entre os dias 3 a 11 de janeiro.
Na sequência, 29% dos profissionais do mercado esperam que o Ibovespa termine 2023 entre 110 mil e 120 mil pontos.
Apenas 9% dos especialistas projetam um fechamento abaixo de 100 mil pontos, assim como, apenas 3% dos entrevistados calculam um desempenho acima de 140 mil pontos no período.
Embora as previsões reveladas pela XP sejam animadoras, a maioria dos clientes consultados pela pesquisa prefere investir na renda fixa em 2023. E o motivo é claro.
Ibovespa X Renda fixa
Investir na bolsa de valores sempre envolvem risco. E neste início de 2023, o que existe um motivo que ajuda a explicar a preferência do brasileiro pela renda fixa em detrimento do Ibovespa e demais ativos de risco.
O destaque no ano são os riscos fiscais do Brasil na avaliação dos investidores ouvidos pela XP, chegando a 70% dos entrevistados.
Riscos relacionados a uma recessão global foram visto como a segunda maior preocupação em 10% dos investidores.
Já os movimentos de alta de juros nos Estados Unidos e no Brasil responderam pela preocupação de 6% e 5% dos clientes da XP neste início de ano.
Investimentos bombando em 2023
As classes de investimentos que os assessores e seus clientes se mostraram mais interessados em 2023 são:
1) Tesouro Direto e Renda Fixa (77% mostram interesse);
2) Fundos de Renda Fixa (71% mostram interesse);
3) Investimentos Internacionais (54% mostram interesse);
4) Fundos Multimercado (50% mostram interesse);
5) Fundos Imobiliários (47% mostram interesse);
6) Fundos de Renda Variável (11% mostram interesse);
7) Criptoativos (7% mostram interesse); e
8) Ouro (3%, mostram interesse).