Ibovespa em 120 mil pontos já pode sonhar com recorde até fim do ano, dizem 3 analistas
O caminho para o Ibovespa encerrar o ano com pontuação recorde parece cada vez mais livre. Nesta quinta-feira, o principal índice da Bolsa brasileira opera em alta, à espera de mais um discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Por volta das 12h44, avançava 0,74% e somava 120.060 pontos.
Trata-se de uma marca bastante simbólica para determinar o rumo do mercado acionário nas próximas semanas. Basta lembrar que o Ibovespa não superava os 120 mil pontos desde 07 de agosto, quando, na máxima do dia, chegou a 120.104, mas perdeu força no fim do pregão e fechou em 119.380 pontos.
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Quando se consideram apenas as cotações de fechamento, o benchmark da Bolsa não vê os 120 mil pontos desde 03 de agosto, quando cravou 120.586 pontos.
Para os analistas gráficos, cuja metodologia busca identificar tendências de curtíssimo prazo, não há mais pontos de resistência entre o atual patamar e os 123 mil pontos a que o Ibovespa pode chegar nas próximas semanas – um recorde.
Isto, porque a última barreira no caminho do recorde estava na região dos 119.500 pontos. A Ágora Investimentos, mais otimista, afirmava que, acima dos 119.200 pontos, a alta já ganharia fôlego para chegar à máxima pontuação do ano. Mais conservador, o Itaú BBA sinalizava os 119.800 pontos. Já a Empiricus Investimentos não ofereceu uma resistência comparável nesta região.
Ibovespa: Nem Powell deve atrapalhar rali de fim de ano
De qualquer modo, isso já parece passado. A única coisa que pode atrapalhar o rali de fim de ano é uma mudança no tom de Powell sobre o rumo da taxa básica de juros dos Estados Unidos. Mas, mesmo isso parece improvável.
Veja as projeções para o Ibovespa feitas pela Ágora, Itaú BBA e Empiricus Investimentos:
Casa | Fechamento* | 1ª resistência | % alta** | 2ª resistência | % alta** |
---|---|---|---|---|---|
Ágora | 119.177 | 119.200 | 0,02 | 123.000 | 3,21 |
Itaú BBA | 119.177 | 119.800 | 0,52 | 123.000 | 3,21 |
Empiricus Investimentos | 119.177 | n.d. | n.d. | 123.000 | 3,21 |
Média | 119.177 | 119.500 | 0,27 | 123.000 | 3,21 |
*em 08/nov | |||||
** sobre 08/nov |
Ontem, o seu discurso deixou o mercado um tanto desconcertado, já que ele não comentou nada sobre a política monetária.
No entanto, nesta quinta-feira (9), ele participa de uma conferência, onde não deve escapar do assunto que tanto interessa os investidores. O mercado busca por sinais de que o Fed não vai mais subir a taxa de juros americana. Os mais otimistas também já projetam um afrouxamento monetário a partir de maio do ano que vem.
Na sexta-feira passada, o payroll trouxe dados fracos do mercado de trabalho nos Estados Unidos. Ao todo, foram criadas 150 mil vagas em outubro. O resultado ficou abaixo da expectativa do mercado de criação de 180 mil postos de trabalho. Além disso, os dados do payroll de outubro ficaram muito do ritmo das vagas na leitura do mês anterior.
Isto vem sustentando a tese de que os empregos estão caindo, assim como os salários devem começar a arrefecer. Com isso, o trabalho do Fed de controlar a inflação se tornaria mais fácil.