Mercados

Ibovespa e Wall Street saltam mais de 1% com pausa temporária das tarifas de Trump sobre eletrônicos; dólar cai

14 abr 2025, 12:03 - atualizado em 14 abr 2025, 17:26
Alta ações ibovespa
Ibovespa e Wall Street sobem repercutindo a pausa tarifária sobre os produtos eletrônicos, como celulares e computadores (Imagem: Canva Pro)

O Ibovespa (IBOV) inicia a semana em forte alta na esteira da retomada de apetite ao risco no exterior, após o governo dos EUA suspenderem as tarifas recíprocas sobre os produtos eletrônicos — inclusive os fabricados na China.

Por volta de 11h45 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira subia 1,04%, aos 129,013,41 pontos. O Ibovespa encerrou com alta de 1,39%.



No cenário doméstico, os investidores repercutem o Relatório Focus. Os economistas, consultados pelo Banco Central elevaram a projeção do PIB de 1,97% para 1,98% para este ano e mantiveram as estimativas de dólar a R$ 5,90, IPCA a 5,65% e Selic a 15% no final de 2025.

O tom positivo, então, é sustentando pela forte alta dos índices de Wall Street, com a valorização das ações de tecnologia. “Ainda que o setor de tecnologia não seja um grande influenciador do nosso mercado, esse alívio externo sugere mais apetite pelos ativos locais neste início de semana”, afirma o Bradesco BBI, em relatório.

  • E MAIS: Junte-se à comunidade de investidores do Money Times para ter acesso a reportagens, coberturas, relatórios e mais; veja com

Wall Street no azul

Os índices de Wall Street operaram em alta de mais de 1%, repercutindo a suspensão de tarifas de importação pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Por volta de 11h45 (horário de Brasília), o índice Dow Jones subia 1,11%, o S&P 500 registrava alta de 1,50% e o Nasdaq, que reúne as principais empresas de tecnologia norte-americanas, tinha avanço de 1,80%%. Entre as ações, Apple (AAPL) tem alta de mais de 4%.

Na noite da última sexta-feira (11), a Alfândega e Proteção das Fronteiras dos EUA anunciou a isenção de smartphones, computadores e outros eletrônicos das tarifas recíprocas, com efeito retroativo a partir de 5 de abril.

Com a decisão, os produtos ficaram de fora das tarifas de 145% impostas à China, que é o principal polo de produção de eletrônicos como o iPhone, e da taxa adicional de 10% aplicada à maioria dos países. 

Por ano, a Apple vende mais de 220 milhões de iPhones em todo o mundo. A Counterpoint Research estima que 80% do total de importações de iPhone para os EUA são da China e o restante da Índia.

Contudo, ontem (13), o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, afirmou que a ‘pausa’ tarifária pode ser temporária. Segundo ele, os produtos sujeitos a taxas separadas, junto com semicondutores — que serão anunciadas em até dois meses.

Ásia e Europa

Na Ásia, os índices em forte alta, repercutindo a isenção das taxas sobre alguns produtos eletrônicos. O índice Nikkei, do Japão, subiu 1,18%. Já o Hang Seng, de Hong Kong, subiu mais de 2% e liderou os ganhos do continente asiático.

Além disso, Trump está em negociações com vários países como Vietnã, Índia, Coreia do Sul e Japão. Segundo o Político, a Casa Branca está priorizando parceiros comerciais que são estratégicos para “combater” a China.

Na Europa, as bolsas também operam com mais apetite ao risco. Às 11h45 (horário de Brasília), o principal índice europeu Stoxx 600 operava em forte alta, com avanço de 2,73%, aos 500,10 pontos.

E o dólar?

O dólar perde força ante as moedas globais, como euro e libra, pelo quinto dia consecutivo e opera na mínima em seis meses. Por volta de 11h45, o indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas fortes, caía 0,38%, no nível dos 99 pontos.

Já na comparação com o real, a moeda norte-americana acompanha o exterior e recua. No mesmo horário, a divisa operava a R$ 5,8408 (-0,42%).



Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar