Mercados

Ibovespa e Wall Street aprofundam queda e renovam mínimas após Casa Branca confirmar taxa de 145% sobre a China

10 abr 2025, 13:34 - atualizado em 10 abr 2025, 17:44
donald trump
Ibovespa e Wall Street aprofundaram perdas e devolvem os ganhos da véspera com 'atualização' da tarifa sobre a China, agora em 145% (Imagem: REUTERS-Carlos Barria/Canva Pro/ Montagem: Marcela Malafaia))

O Ibovespa (IBOV) retorna ao tom negativo e perde mais de 1 mil pontos nesta quinta-feira (10) com o acirramento da tensão entre os Estados Unidos e a China no início da tarde.

Por volta de 13h20 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira renovou a mínima intradia aos 125.097,37 pontos, com queda de 2,11%. O Ibovespa reduziu as perdas na reta final da sessão encerrou com baixa de mais de 1%, aos 126 mil pontos. 



Na véspera (9), o Ibovespa fechou em alta de mais de 3%, aos 127.795,93 pontos, no maior nível desde novembro. 

Os investidores elevaram a aversão a risco à medida que a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo escalam — e pressionando as bolsas em todo o mundo.

Ontem (9), o presidente norte-americano, Donald Trump, elevou as tarifas contra os produtos chineses para 125%, em retaliação a alíquota de 84% imposta pelo país liderado por Xi Jinping aos bens e mercadorias fabricados nos EUA. Por outro lado, Trump suspendeu as taxas adicionais por 90 dias e reduziu a tarifa recíproca para 10% para os países que não retaliaram o plano tarifário, anunciado há uma semana.

Já nesta quinta-feira (10), a China anunciou a restrição aos filmes produzidos em Hollywood. Em nova reposta, os EUA aumentaram, pelo terceiro dia consecutivo, as tarifas contra a segunda maior economia, para 145% — que, segundo a Casa Branca, é uma correção em relação ao divulgado na véspera (9). 

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Wall Street de volta ao vermelho

Depois de um dia de recordes,  os índices de Wall Street voltaram a amargar em perdas. O S&P 500 caiu mais de 3%, o Dow Jones perdeu mais de 1 mil pontos e o Nasdaq, que reúne as maiores empresas de tecnologia, registrou recuo de 4%.

VIX (CBOE Volatility Index), indicador que mede a aversão ao risco de Wall Street, também conhecido como o “termômetro do medo”, fechou no nível dos 40 pontos.

Na véspera, o S&P 500 saltou 9,5% — a terceira maior alta diária desde o fim da Segunda Guerra Mundial, com a ‘trégua’ de Trump. 8. O índice Nasdaq teve o maior salto diário desde janeiro de 2001 e o segundo melhor desempenho intraday na história. Dow Jones fechou a sessão com o maior avanço desde março de 2020. Já o VIX desabou 36% — a maior queda de um único dia da história.

Europa e Ásia

Na Europa e na Ásia, a sessão foi de recuperação, com os investidores repercutindo a breve ‘trégua’ de Trump — e acompanhando o salto de Wall Street no dia anterior.

O principal índice europeu Stoxx 600 fechou com alta de 3,7%, na melhor sessão em três anos. Em resposta aos EUA, a União Europeia suspendeu as contratarifas de 25% sobre os produtos norte-americanos, que haviam sido anunciadas ontem (9), por também 90 dias.

Na Ásia, o índice Nikkei, do Japão, saltou mais de 9% e liderou os ganhos do continente. Já o Hang Seng, de Hong Kong, subiu cerca de 2%. O índice Kospi, da Coreia do Sul, disparou 6% — um dia após entrar ‘bear market’. 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.

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