Mercados

Renda variável: Ibovespa, dólar, bitcoin, FIIs… Veja os melhores e piores investimentos de março

09 abr 2022, 13:01 - atualizado em 08 abr 2022, 15:26
B3, Ibovespa
O Ibovespa fechou março com valorização de 6%, encerrando o primeiro trimestre do ano com avanço de mais de 15% (Imagem: Money Times/Diana Cheng)

Março foi positivo para o mercado de ações brasileiro, que continuou se beneficiando da entrada de estrangeiros. O Ibovespa fechou o mês com valorização de 6,06%, mostrando-se um dos melhores investimentos em renda variável do período, destaca a Genial Investimentos.

Alguns fatores foram responsáveis pela valorização:

  • melhor dinâmica internacional na expectativa de uma resolução para o conflito entre Rússia e Ucrânia; e
  • sinalização de Selic terminal para 2022 próxima de 12,75% ao ano, permitindo a recuperação das ações com maior exposição ao mercado doméstico, principalmente dos setores que possuem uma correlação inversa com a curva longa de juros.

Com a boa performance de março, o principal índice da Bolsa brasileira encerrou o primeiro trimestre de 2022 com alta de mais de 15%.

Outro destaque positivo em renda variável foi o S&P 500, que terminou com ganhos de 3,71%.

O Índice de Fundos Imobiliários (Ifix) também terminou março no campo positivo, com uma valorização de 1,42%.

Parte do movimento de alta pode ser justificado pela expectativa do mercado de que a política monetária contracionista do Banco Central esteja perto do fim, explica a Genial.

“Outro fator que influencia o mercado de fundos imobiliários é a possível resolução do conflito entre a Rússia e Ucrânia, trazendo maior otimismo aos investidores”, completa.

Investimento brilhante

O ouro continuou entre os destaques, atraindo investidores que buscam fugir de ativos de risco e estão à procura de um “safe haven”.

“Considerado como uma reserva de valor, o metal costuma ser demandado por sua liquidez e escassez em momentos de crise, atrativo em épocas de grandes incertezas”, destaca a Genial.

O que pode reverter o quadro positivo do metal, além de uma resolução do conflito no Leste Europeu, é a inflação persistente, fazendo os bancos centrais aumentarem os juros de seus países (movimento que já começou nos Estados Unidos, em março).

Piores do mês

Dois investimentos se destacaram negativamente, segundo a Genial. O Bitcoin (BTC) foi um deles, acumulando uma queda de 2,12% em real, resultado da apreciação da moeda local.

Em dólar, a criptomoeda reportou uma valorização de 5,4%, impulsionada pelas incertezas trazidas pelo conflito na Ucrânia.

Segundo a Genial, a incerteza acaba levando os investidores a comprar criptomoedas como forma de proteção.

“As criptomoedas também podem ser utilizadas pela Rússia para driblar sansões do ocidente, impulsionando a demanda”, acrescenta a corretora.

O principal investimento negativo em renda variável de março foi o dólar. Em janeiro e fevereiro, o real teve uma valorização de 6,77% frente ao dólar. No mês de março, a alta foi de 8%.

O que tem dado impulso ao câmbio brasileiro é a guerra entre Rússia e Ucrânia, que tem impacto no mercado de commodities.

Com a aplicação das sanções contra a Rússia e a crise na Ucrânia, a cadeia de suprimentos global se viu sem dois importantes exportadores de commodities, levando a uma redução drástica de oferta de produtos como petróleo, gás natural, milho, trigo, fertilizantes e metais.

“Como o Brasil é um grande produtor e exportador de commodities, este aumento dos preços dos produtos exportados pelo país gerou melhora nos termos de troca e na conta-corrente do balanço de pagamentos, aumento do fluxo de recursos financeiros e aceleração da valorização cambial”, comenta a Genial.

A expectativa dos analistas é de que essa oferta restrita deve continuar por mais alguns meses, mantendo a trajetória de valorização do real.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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