Mercados

Ibovespa dispara 2% com IPCA e exterior favorável

09 set 2022, 12:42 - atualizado em 09 set 2022, 12:42
Ibovespa
(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa sobe forte na sessão desta sexta-feira (09) repercutindo o principal termômetro da inflação, o IPCA, divulgado na parte da manhã.

Por volta das 12h30, o índice subia 2,16%, a 112.290,62 pontos. Em Wall Street:

  • Nasdaq tinha alta de 1,78%;
  • S&P 500 subia 1,40%;

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta manhã, que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, caiu 0,36% em agosto, ante queda de 0,68% apurada em julho.

Segundo Rafaela Vitória, economista-chefe do Inter, IPCA de agosto mostrou nova deflação de 0,36%, ligeiramente acima da expectativa de 0,40%.

“A queda dos preços em agosto foi puxada pelos reajustes em combustíveis, principalmente gasolina (-15%) mas também contou com contribuição da desaceleração da inflação de alimentos no domicílio que foi de 1,47% em julho para 0,01% em agosto, uma boa notícia para as famílias de baixa renda”, coloca.

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Eleição agora faz preço

Chamaram a atenção dos investidores duas pesquisas eleitorais divulgadas ontem que mostraram uma melhora do presidente Jair Bolsonaro. Enquanto no levantamento Genial/Quaest, o candidato à reeleição subiu e está 10 pontos atrás do principal rival, a pesquisa Modalmais/Futura mostra o ex-presidente Lula atrás na corrida.

Portanto, a eleição entrou de vez no radar do mercado doméstico. Sem grandes preocupações políticas, com ambos os lados na disputa sendo “bem conhecidos”, o vento contrário deve vir apenas da questão fiscal.

E é por isso que os investidores relegam os riscos externos e concentram-se na contagem regressiva para o primeiro turno.

Afinal, enquanto as principais economias desenvolvidas ainda lutam contra os preços elevados, aqui, o pior da inflação já passou e são medidas eleitoreiras que podem piorar a situação das contas públicas. Mesmo assim, nenhuma grande desaceleração econômica doméstica é esperada para 2023 – quanto mais uma recessão.

Com Olívia Bulla

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