Ibovespa deve seguir com ‘bola de ferro no pé’ após decisão do Copom; entenda
O Ibovespa (IBOV) deve seguir com uma “bola de ferro no pé” após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa Selic em 13,75%. Isso porque a renda variável tende a caminhar com dificuldades, em meio à concorrência com a renda fixa.
A avaliação é do economista André Perfeito. Em comentário ontem à noite, ele avaliou que o Banco Central reafirmou o cenário de juros altos no Brasil. “Isso deve bater no mercado de capitais com a perspectiva de que com juros neste patamar a renda variável – e o resto da economia – segue com uma bola de ferro no pé”, diz.
Tal visão é consenso nos mercados. “Está difícil para a bolsa, embora esteja barata. O dinheiro deve ir para a renda fixa”, comenta um operador sênior de uma corretora nacional.
Para Perfeito, o Copom insiste em falar algo que já foi dito. Ou seja, que irá manter os juros básicos no nível atual até que haja queda da inflação, acompanhada de uma ancoragem das expectativas inflacionárias.
Ainda assim, o comunicado trouxe um tom mais suave (“dovish”), apontando para um início do ciclo de cortes na taxa Selic. “A leitura sugere que o Copom não deve cortar os juros na reunião de junho, mas apenas no segundo semestre”, completa o economista.