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Ibovespa deve buscar os 89 mil pontos em 2018, projeta XP Investimentos

08 jan 2018, 16:39 - atualizado em 08 jan 2018, 16:39

A XP Investimentos estima que o Ibovespa possa alcançar os 89 mil pontos no final de 2018, mostra um relatório enviado a clientes nesta segunda-feira (8). Segundo a análise assinada por Celson Plácido, Gustavo Cruz e Bruna Pezzin, uma dinâmica de câmbio possivelmente favorável no segundo semestre e taxa Selic em queda deve ajudar na concretização deste cenário.

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“No lado dos fundamentos das empresas, nossa visão se mantém positiva com base na continuidade do processo de alavancagem operacional e financeira”, explicam os analistas. Segundo eles, as empresas terão crescimento consistente nas receitas, além da diluição dos custos fixos. Isso, em conjunto com a inflação controlada, irá resultar em margens maiores.

“Esses ganhos serão intensificados na linha de lucro, por conta de despesas financeiras menores”, avalia a XP. A corretora calcula que com uma taxa de juros média cerca de 3 pontos percentuais menor na comparação anual, a economia com juros pode resultar em lucro líquido médio aproximadamente 10% maior em um cenário conservador. Junto com a melhora operacional, o ganho pode ser potencializado para níveis superiores a 20%.

A XP adiciona ainda que fatores como o cronograma intenso dos IPOs, fluxo crescente de fundos de pensão que pode adicionar um volume de até R$ 100 bilhões e a bolsa ainda descontada em dólar, adicionam pilares para um ano positivo. O potencial para o índice, em dólar, ficaria entre 13% a 24% no cenário-base.

Eleições

O relatório lembra que as eleições poderão exercer grande influência sobre o Ibovespa. Em um cenário considerado “ótimo” teria a aprovação de reformas estruturais com a sinalização de continuidade dessa tendência em um próximo presidente. “Corte mais forte que o esperado nos juros, retomada mais rápida da atividade e cenário externo favorável seriam catalisadores”, explicam.

Já por outro lado, a vitória de um candidato “que não apoie a condução de reformas estruturais, de cunho populista, em conjunto com indicadores econômicos mais fracos que o esperado e cenário externo menos construtivo poderia desencadear um cenário de stress”.