Mercados

Ibovespa despenca com aversão a risco global após forte desvalorização do yuan

05 ago 2019, 11:31 - atualizado em 05 ago 2019, 11:32
Ibovespa
Índice de ações acompanha cenário externo e recua nesta sessão (Imagem: Bloomberg)

A bolsa paulista começava a semana com fortes perdas, em meio à escalada da guerra comercial entres os Estados Unidos e a China, após a Pequim deixar o iuan se desvalorizar para uma mínima em uma década nesta segunda-feira, o que o presidente norte-americano, Donald Trump, classificou como manipulação cambial.

Às 11h30, o Ibovespa caía 1,86%, a 100.761,90 pontos, com quase todas as ações do índice no vermelho. O volume financeiro somava 2,77 bilhões de reais.

“O recrudescimento das tensões nas negociações comerciais entre China e Estados Unidos continua aumentando a aversão ao risco nos mercados globais”, destacou a equipe da Coinvalores, em nota a clientes enviada mais cedo nesta segunda-feira.

Além das ofensivas de Trump no final de semana, a significativa desvalorização do iuan vista nesta segunda-feira tende a incendiar ainda mais o noticiário, acrescentou.

A China deixou o iuan romper o nível de 7 por dólar pela primeira vez em mais de uma década, num sinal de que o país está disposto a tolerar mais fraqueza no câmbio, em movimento após Trump prometer impor tarifas sobre 300 bilhões de dólares restantes das importações chinesas a partir de 1º de setembro.

No Twitter, Trump classificou o movimento de “manipulação cambial” e acrescentou: “você está ouvindo, Federal Reserve? Essa é uma grande violação que enfraquecerá consideravelmente a China ao longo do tempo!”.

No cenário local, as atenções estão voltadas para a retomada das atividades no Congresso Nacional, particularmente a apreciação da reforma da Previdência em segundo turno na Câmara dos Deputados, com o fim do recesso parlamentar no Brasil.

Destaque

Vale (VALE3) caía 3,6%, na esteira do forte recuo dos preços do minério de ferro na China, com os futuros na bolsa chinesa de Dalian e em Cingapura recuando abaixo de 100 dólares por tonelada nesta segunda-feira. CSN também era pressionada e perdia 4,2%.

Petrobras (PETR4) recuava 2,2%, também afetada pelo recuo dos preços do petróleo no mercado externo, em meio à aversão a risco generalizada com o aumento das tensões comerciais entre EUA e China.

Itaú Unibanco (ITASA3) caía 0,7%, com o setor de bancos como um todo sofrendo com o viés negativo na bolsa decorrente do cenário externo desfavorável a ativos de mercados emergentes, com Bradesco PN recuando 0,6%.

Klabin (KLBN11) cedia 0,5%, tendo oscilado no azul momentaneamente, após resultado trimestral positivo que reverteu prejuízo de um ano antes, ajudada pelo aumento no volume de vendas e um câmbio médio mais alto.

Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.