Ibovespa despenca 2,9%; Petrobras (PETR3) e aéreas lideram quedas
O Ibovespa (IBOV) encerrou a sessão desta segunda-feira (7) com tombo de 2,9%, a 111.139 pontos, segundo dados preliminares, refletindo as tensões mundiais envolvendo a Guerra da Ucrânia. S&P 500 e Nasdaq também derreteram mais de 3%.
O Ibovespa Futuro fechou em queda de 2,82%, a 112.230 pontos.
O estrago poderia ser pior, não fossem pelas commodities metálicas. Bradespar (BRAP4) e Vale (VALE3) lideraram as altas.
“Vale e siderúrgicas sobem, beneficiadas pela alta nos preços do minério de ferro em Qingdao, na China, onde disparou 5,67%, cotado a US$ 161,65 a tonelada”, lembra Alexsandro Nishimura, economista, head de conteúdo e sócio da BRA.
Da ponta oposta, Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) tiveram um tombo de mais 15%. O temor da alta do petróleo atinge em cheio as duas aéreas.
Petrobras (PETR3;PETR4) também despescou. Cresce entre analistas do mercado o consenso de que a empresa não será capaz de repassar os preços dos combustíveis.
O lado negativo do Ibovespa traz as ações do setor de varejo, mais uma vez penalizadas pela constante perda de poder de compra dos consumidores, penalizados pela combinação de inflação e juros em alta.
Mais cedo, o Boletim Focus voltou a elevar a expectativa para a inflação neste ano e passou a ver alta do IPCA de 5,60%, indo ainda mais além do teto da meta.