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Ibovespa começa semana no azul, mas com volatilidade; IRB lidera altas a 5%

29 jun 2020, 12:05 - atualizado em 29 jun 2020, 12:05
Mercados - Ibovespa
Ibovespa replica volatilidade dos mercados no exterior (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

Com as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) entre as maiores altas, a bolsa paulista buscava se sustentar no azul nesta segunda-feira, após uma semana de perdas, mas com alguma volatilidade e alinhada ao comportamento dos pregões em Wall Street, enquanto o mercado continua atento à pandemia de Covid-19.

Às 12:04 (horário de Brasília), o Ibovespa (IBOV) subia 1,17%, a 94.933,38 pontos. O volume financeiro somava 5,6 bilhões de reais.

Na semana passada, o Ibovespa acumulou queda de 2,8%, reflexo de preocupações com o risco de uma nova onda de casos de Covid-19 em meio à reabertura das economias. Ainda assim, caminha para um resultado positivo no mês.

A bolsa também segue para fechar o segundo trimestre com o melhor desempenho trimestral desde 2003, em movimento bastante ajudado pelo fluxo de pessoas físicas para a bolsa brasileira, que teve a queda da Selic como principal catalisador

O Ibovespa ainda está distante das máximas do começo do ano, quando se aproximou dos 120 mil pontos, mas já se afastou da mínima de 2020, quando regrediu para quase 60 mil pontos em março, duramente afetado pela onda de aversão a risco global desencadeada pela Covid-19.

Na visão da equipe da Guide Investimentos, o recente salto no número de infectados pelo Covid-19 ao redor do mundo mantém investidores em estado de alerta.

Expectativa positiva antes da divulgação do balanço trimestral da reasseguradora (Imagem: IRB Brasil RE/Facebook/Reprodução)

Em Wall Street, o S&P 500 tentava se firmar no azul, com dados de contratos para comprar moradias usadas nos EUA registraram salto histórico em maio, embora o crescimento de casos de coronavírus no país ainda alimente alguma cautela, principalmente após altas recentes das ações.

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Destaques

IRB Brasil (IRBR3) subia 5,4% antes da divulgação do balanço trimestral após o fechamento dos negócios, adiado por mais de uma vez.

O papel ampliava a recuperação no segundo trimestre, após desabar cerca de 75% no começo do ano em meio a uma crise de confiança diante de uma série de adversidades, que levou à troca de seu comando. No ano, ainda perde cerca de 68%.

BTG Pactual (BPAC11) avançava 2,5%, tendo no radar precificação de oferta bilionária de units prevista para esta segunda-feira. No setor de bancos, Bradesco (BBDC4) subia 2% e Itaú Unibanco (ITUB4) mostrava acréscimo de 1,6%.

Vale (VALE3) tinha variação positiva de apenas 0,2%, em sessão de queda do preço do minério de ferro na China, mas, no setor de mineração e siderurgia da bolsa paulista, Usiminas (USIM5) avançava 2,7%, CSN (CSNA3) tinha alta de 1,2% e Gerdau (GGBR4) subia 1,6%.

Alta do petróleo ajuda a Petrobras (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

Petrobras (PETR4) valorizava-se 3,1%, na esteira da alta dos preços do petróleo no exterior. A companhia também informou que sua subsidiária integral Transpetro aprovou a criação de um Programa de Desligamento Voluntário (PDV) que prevê atingir cerca de 557 empregados entre setembro de 2020 e julho de 2021. Petrobras (PETR3) subia 2,3%.

Cielo (CIEL3) caía 2,6%, em meio a dúvidas sobre o desfecho de acordo com Facebook relacionado ao uso do Whatsapp para pagamentos, após reguladores terem suspendido as transações por meio do aplicativo.

Em Nova York, PagSeguro (PAGS) subia 1,75% e Stone (STNE) avançava 0,4%.