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Ibovespa: China salva e índice ‘fura’ os 109 mil pontos

15 maio 2023, 17:14 - atualizado em 15 maio 2023, 17:40
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Ibovespa enfileirou sua 8º alta consecutiva (Imagem: Patricia Monteiro/Bloomberg)

O Ibovespa encerrou a sessão desta segunda-feira (15) em alta de 0,53%, a 109.043 pontos, enfileirando sua oitava elevação seguida, com uma disparada de 7,10 % no período. Esse evento, segundo o TradeMap, não ocorria desde março de 2022, quando em oito pregões o Ibovespa teve uma valorização de 9,29%.

Na sessão, destaque para os dados da China. A produção de aço bruto subiu nas primeiras semanas de maio, segundo a Mysteel. As maiores cidades do país relataram aumento nas compras de imóveis residenciais na semana passada, contribuindo para o otimismo do mercado.

Dessa forma, o minério de ferro saltou acima de US$ 105 a tonelada diante do aumento da produção de aço e das compras de imóveis na China, levando consigo os papéis de Vale.

“Mercado também está otimista com a expectativa de entrega do texto do arcabouço fiscal hoje. A expectativa do governo é votar ainda nesta semana a proposta na Câmara”, diz Andressa Bergamo, sócia-fundadora da AVG Capital,

O texto do arcabouço fiscal que será votado na Câmara dos Deputados deve ser apresentado na noite desta segunda-feira (15) para os líderes partidários, disse o relator da proposta, deputado Claudio Cajado (PP).

Pela manhã, Cajado se reuniu com o ministro da FazendaFernando Haddad, a fim de acertar os últimos pontos do texto antes da reunião com a cúpula da Câmara. Ao sair do encontro, Haddad confirmou a jornalistas que a proposta deve ser concluída hoje.

Entre os papéis, Azul (AZUL4) e Raízen (RAIZ4) caíram no pregão após terem divulgado resultados ruins e abaixo da expectativa do mercado. O resultado financeiro líquido da Azul foi negativo em R$ 784,6 milhões no primeiro trimestre do ano, enquanto a Raízen fechou o trimestre com R$ 1,36 bilhão no negativo.

Outro papel de destaque entre as quedas, a Braskem (BRKM5) derreteu depois de notícia de que a Petrobras (PETR4) avalia compra de controle da BRKM5. “O mercado acredita que a Petrobras pode trazer risco ao negócio”, completa Bergamo.

Com informações da Reuters