Mercados

Ibovespa salta 2% e vai aos 138 mil pontos, enquanto Wall Street opera nas máximas; o que impulsiona os mercados nesta sexta-feira (22)?

22 ago 2025, 12:03 - atualizado em 22 ago 2025, 17:35
ações alta
Ibovespa cai mais de 2% com tensão entre Brasil e Estados Unidos; bolsas de Wall Street também operam no negativo em realização. (Imagem: iStock/hernan4429)

O Ibovespa (IBOV) acelerou os ganhos com avanço de quase 3 mil pontos, saltando dos 134 mil para os 137 mil pontos, com a renovação das expectativas de corte nos juros nos Estados Unidos (EUA). O índice também já zerou as perdas da semana.

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No início da tarde, o principal índice da bolsa brasileira renovou a máxima intradia aos 138.071,55 pontos, com alta de 2,65%.



O “gatilho” para a forte alta é o possível afrouxamento da política monetária na maior economia do mundo.

Durante o Simpósio de Jackson Hole, presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), Jerome Powell disse que “a política em território restritivo, a perspectiva básica e a mudança no equilíbrio de riscos podem justificar ajustes” na postura da autoridade monetária — o que foi lido pelo mercado como uma sinalização de corte nos juros.

Logo após as declarações de Powell, o mercado voltou a precificar uma chance acima de 90% de o Fed cortar os jur0s já em setembro. De acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group, agora há 91,3% de probabilidade de uma redução de 25 pontos-base na próxima reunião contra 71,6% de chance antes das falas do chair do BC norte-americano.

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Para o estrategista-chefe da Avenue, William Castro Alves, “a fala de Powell sugere que o Fed vê a inflação como potencialmente temporária e que os riscos para desaceleração do mercado de trabalho aumentaram e, com isso, pode ser apropriado um ajuste na política monetária”.

“Para o Brasil, esse ambiente é positivo. Com a taxa de juros doméstica ainda em patamar elevado, a atratividade do diferencial para o investidor internacional aumenta. É claro que, no curto prazo, seguimos acompanhando o cenário político local, mas é inegável que a política monetária americana continua sendo um dos principais vetores para o fluxo de capital estrangeiro”, avaliou o estrategista-chefe da RB Investimentos, Gustavo Cruz.

No Ibovespa, o tom positivo é quase generalizado: apenas as ações da BRF (BRFS3) operam em queda, pressionadas pela suspensão do julgamento no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre a fusão da empresa com a Marfrig (MRFG3).

Em Wall Street, os índices também operam nas máximas históricas com altas de quasse 2%. Por volta de 12h (horário de Brasília), o índice Dow Jones operava em nível recorde com alta de 1,95%, aos 45.660,25 pontos; o S&P 500 subia 1,59%, aos 6.471,05 pontos; e Nasdaq tinha alta 1,93%, aos 21.506,70 pontos.

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E o dólar?

O dólar opera em queda ante as moedas globais, como euro e libra, com o aumento da expectativa de corte nos juros dos Estados Unidos já no próximo mês.

Por volta de 12h, o indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas fortes, caía 0,88%, no nível dos 97 pontos, próximo da mínima intradia.

Na comparação com o real, o dólar opera próximo ao menor patamar do ano. No mesmo horário, a divisa norte-americana operava a R$ 5,4192 (-1,09%).



Europa e Ásia

Na Europa, os principais índices acionários também ganharam fôlego na esteira de Wall Street após falas de Powell. Em destaque, o FTSE 100, de Londres, renovou o recorde intradia aos 9,353,15 pontos. O índice pan-europeu Stoxx 600 opera em alta no patamar dos 562 pontos.

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Na Ásia, os índices fecharam sem direção única. Entre os principais índices asiáticos, o Nikkei, do Japão, subiu 0,05% e o Hang Seng, de Hong Kong, teve avanço de 0,93%.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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