Ibovespa cai forte com Itaú e dólar chega a R$ 3,55
O Ibovespa apresentou uma expressiva desvalorização de 1,83%, aos 84.536 pontos, e o dólar subiu mais uma vez para R$ 3,55, alta de 1,23%, com os investidores retornando aos negócios após o feriado de 1º de maio. O desempenho acompanhou a baixa nos mercados americanos. O Dow Jones recuou 0,72%, S&P 500 – 0,76% e o Nasdaq – 0,42%.
Na agenda de indicadores, os investidores acompanharam o ADP Employment nos EUA, que mede a criação de postos de trabalho no setor privado americano e apresentou alta de 204 mil vagas em abril, ante 241.000 anteriores. Outro destaque do dia foi a decisão do Federal Reserve sobre o juro, que ficou inalterado entre 1,5% e 1,75%.
Os diretores apontaram que a inflação está perto da meta sem indicar qualquer intenção de desviar de sua trajetória gradual de aumento da taxa de juros. “Espera-se que a inflação em uma base de 12 meses corra perto do objetivo simétrico de 2% do comitê no médio prazo”, aponta o comunicado.
A Petrobras (PETR4) recuou 1,74%, para R$ 22,57, mesmo com os preços do petróleo se mantendo no campo positivo. O tipo WTI terminou com alta de 0,7%, a US$ 67,72, e o Brent encerrou em baixa de 0,01%, negociado a US$ 73,12. A Vale (VALE3) concluiu o dia em desvalorização de 0,02%, a R$ 48,66. Os futuros do minério de ferro subiram 2,16% nesta quarta-feira.
O Itaú (ITUB4) caiu 4,9%, para R$ 48,51, com a avaliação sobre o resultado do primeiro trimestre apresentado pelo banco na véspera. Apesar do aumento do lucro acima do esperado pelo mercado, alguns pontos do demonstrativo financeiro não agradaram aos investidores O BTG Pactual explica que embora a forte contribuição nos lucros vindos da tesouraria e da recuperação da inadimplência no segmento de grandes corporações possa ser vista com cautela por alguns investidores, o quadro geral foi positivo.
Destaque negativo nesta quarta-feira de queda, as ações da Cemig (CMIG4) foram negociadas em queda de 8,63% a R$ 7,73. O mercado acompanha o pedido de impeachment do governador Fernando Pimentel (PT), que teve o processo suspenso na tarde de hoje pela Mesa da Assembleia Legislativa. A interrupção ocorreu por causa de duas questões de ordem apresentadas pelos representantes da base governista em plenário. A tramitação do processo foi paralisada até análise dos questionamentos.