Ibovespa cai com exterior em sessão de vencimentos de opções no Brasil e EUA

O Ibovespa caía nesta sexta-feira, em linha com o desempenho negativo das bolsas europeias e dos Estados Unidos, com investidores cautelosos em relação à Ômicron e ainda digerindo decisões de bancos centrais.

A sessão deve ter volatilidade acima da média, já que é marcada por vencimento de opções sobre ações no Brasil, e de vencimentos de mais de um tipo de contrato nos EUA.

Às 12:23 o Ibovespa caía 1,31%, para 106.903.85. O índice caminhava para uma leve queda na semana, interrompendo dois períodos de alta. O volume financeiro da sessão era de 5,2 bilhões de reais.

Vale era a principal contribuição negativa para o índice, enquanto BRF estava na ponta oposta.

Papéis relacionados à tecnologia voltam a ceder no exterior, em movimento de troca de posições de ações de crescimento para de valor, após decisões de alguns dos principais bancos centrais do mundo.

Nos EUA, principais índices de ações mostravam queda consolidada, enquanto na Europa o índice pan-europeu STOXX 600 apagava ganhos acentuados da quinta-feira.

O mercado vem reagindo a decisões de política monetária em sentidos diferentes nos últimos dias. O Federal Reserve, dos EUA, indicou que encerrará em março suas compras de títulos, abrindo caminho para três altas de juros em 2022, enquanto o Banco Central Europeu prometeu apoio contínuo à economia, retirando gradativamente os estímulos e o Banco Central da Inglaterra elevou de forma surpreendente a taxa de juros.

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Além disso, temores com os potenciais efeitos da nova variante Ômicron seguem influenciando negativamente o mercado.

No Brasil, leilões de áreas no pré-sal nesta manhã e de transmissão de energia, às 15h, podem movimentar ações de empresas desses setores.

Destaques

BRF (BRFS3) subia 5,5%, depois de disparar 11%, após propor a seus acionistas um aumento de capital por meio da emissão de 325 milhões de novas ações ordinárias, potencialmente levantando 6,63 bilhões de reais.

O negócio ainda depende de aprovação de uma assembleia geral de acionistas, marcada para 17 de janeiro, e de condições favoráveis de mercado.

Analistas de bancos destacaram que os regimentos internos da BRF permitem que um acionista ultrapasse 33,3% de participação sem acionar “poison pill”, o que permitiria à Marfrig, caso queira, tomar o controle da companhia através do follow-on sem uma oferta pública de aquisição de ações a todos os acionistas.

Marfrig (MRFG3), por sua vez, subia 4,1%. Empresa anunciou dividendos intercalares de 830 milhões de reais e recompra de 100 milhões de dólares em notas sênior com vencimento em 2026.

Inter (BIDI11) cedia 7% e PN caía 6,9%. Entre outros destaques negativos, Yduqs (YDUQ3) recuava 5,8% e CVC (CVCB3) tinha queda de 3,9%.

Petrobras (PETR3; PETR4) caía 1,4% e ON recuava 1,7%, diante da queda do petróleo com preocupações sobre a Ômicron. A empresa também participava nesta manhã de leilão de excedente da área conhecida como cessão onerosa.

Vale (VALE3) caía 0,6%, mesmo após nova alta do preço do minério de ferro na Ásia diante de expectativa de uma recuperação da demanda por aço na China.

Americanas (AMER3) cedia 3,8%, após alta forte na véspera. Magazine Luiza (MGLU3 caía 4,8% e VIA (VIIA3) cedia 3,1%.

GPA (PCAR3) caía 3,8% e Assaí recuava 1,8%. Empresas informaram que os membros independentes do conselho de administração de ambas aprovaram o contrato de cessão de direitos de exploração de pontos comerciais entre as companhias.