Ibovespa: cai 0,2% por dúvidas sobre teto de gastos, após subir quase 1%
O Ibovespa (IBOV) mostrava volatilidade nesta quarta-feira, chegando a trabalhar momentaneamente no azul, em meio a expectativas relacionadas ao cenário fiscal brasileiro, na histeria do agravamento da pandemia de Covid-19 no país.
Às 17:22, o Ibovespa caía 0,23%, a 111.278,38 pontos. Na máxima, chegou a 112.398,24 pontos, em alta de 0,77%, após recuar 3,6% no pior momento mais cedo.
O volume financeiro da sessão era de 36,8 bilhões de reais.
Em comentário a clientes, o BTG Pactual (BPAC11) atribuiu a melhora a comentários do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), no sentido de descartar o Bolsa Família fora do teto de gastos.
“Tanto o Senado quanto a Câmara votarão as PECs sem nenhum risco ao teto de gastos, sem nenhuma excepcionalidade ao teto. Essas especulações não contribuem para o clima de estabilidade e previsibilidade”, afirmou o deputado no Twitter.
O novo parecer da PEC Emergencial, com uma versão mais desidratada da proposta, de forma a facilitar sua votação, foi oficialmente protocolado e lido em plenário na terça-feira.
No mercado, houve confusão torno de o Bolsa Família ser retirado totalmente ou somente só dos gatilhos fiscais. Na versão protocolada não havia previsão de retirada do Bolsa Família, embora novas mudanças não sejam descartadas.
O noticiário vespertino também trazia informações de que o Ministério da Saúde vai assinar com a Pfizer para comprar vacinas do laboratório contra Covid-19.
Uma fonte do governo, com conhecimento direto do assunto, disse à Reuters que ainda não está confirmado se o contrato será para a compra de 100 milhões de doses, com a pasta adquirindo toda a produção do laboratório disponível para o Brasil.