Ibovespa busca novas máximas, com otimismo externo e vacina
O fluxo de recursos segue positivo para o mercado brasileiro de ações nesta sexta-feira, com o principal índice buscando novas máximas, refletindo a continuada perspectiva de que vacinas para Covid-19 devolverão a economia global ao crescimento.
Às 12h05, o Ibovespa (IBOV) subia 0,39%, a 122.869,04 pontos, após ter subido 2,76% na véspera, para novo fechamento recorde. O giro financeiro da sessão somava 12,87 bilhões de reais.
Para profissionais do mercado, a expectativa por mais estímulos fiscais nos Estados Unidos no governo do presidente eleito Joe Biden, que toma posse no dia 20, com apoio de maioria do Congresso, segue alimentando apostas em ativos de risco.
O ambiente de maior liquidez se reflete na B3 em ingresso de recursos de investidores estrangeiros, que ficou positivo em cerca de 4 bilhões de reais em janeiro até dia 6.
Além disso, o avanço da vacinação contra a Covid-19 em todo mundo eleva a confiança dos investidores, reforçando o cenário de recuperação global.
“O cenário para a economia global em 2021 se mostra construtivo, revertendo a retração em 2020 decorrente da pandemia”, afirmou a equipe de pesquisa econômica do Bradesco.
Após consolidar 100% de alta desde o pior momento da crise provocada pela pandemia, em março passado, o Ibovespa mantinha o viés ascendente, tendo nesta sexta-feira como motores ações ligadas a construtoras e de empresas de saúde.
Ao mesmo tempo, movimentos pontuais de realização de lucros já eram observados em setores como os ligados a metais e de bancos, que estiveram entre as líderes de ganhos recentes.
Destaques
Mrv (MRVE3) era destaque positivo no Ibovespa, subindo 4,35%. A empresa anunciou quarta-feira a venda de empreendimento em Miami por 57 milhões de dólares, na primeira operação da unidade nos EUA, AHS, de um total de 306 milhões de dólares.
Hypera (HYPE3) ganhava 3,3%, liderando o movimento entre empresas do setor de saúde.
Notre Dame (GNDI3) Intermédica tinha elevação de 4,6%%.
Fora do índice, Rede D’Or (RDOR3) subia 2,3%.
Ambev (ABEV3) avançava 2%. Em relatório, o Credi Suisse comentou que o crescimento de 11,1% da produção do mercado brasileiro de cerveja em novembro, ano a ano, é positivo para a companhia.
Vale (VALE3) recuava 2,2%, ilustrando um movimento de realização de lucros sobre o setor de metais, após o papel ter atingido na véspera o recorde acima de 100 reais, triplicando de valor em 10 meses.
Gerdau (GGBR4) caía 2,5%, Usiminas (USIM5) tinha baixa de 2% e Csn (CSNA3) perdia 2,7%.
Petrobras (PETR4) retrocedia 0,9%, também alvejada por embolso de ganhos, apesar de novas altas na cotação do barril do petróleo no mercado internacional.