Mercados

Ibovespa avança: parceria entre Magazine Luiza e Linx prospera; Cyrela e MRV lideram perdas

27 nov 2019, 11:52 - atualizado em 27 nov 2019, 11:55
banco central
Mercado aguarda atuação do Banco Central (Imagem: Facebook oficial)

O Ibovespa anulou ganhos do início da sessão e operava ao redor da estabilidade nesta quarta-feira, diante de nova valorização do dólar, com o mercado aguardando intervenções do Banco Central.

Às 11:54, o Ibovespa subia 0,03%, a 107.087,88 pontos. O volume financeiro era de 2,19 bilhões de reais.

Após a forte alta do dólar na véspera, que ajudou a derrubar o Ibovespa, agentes financeiros continuam atentos à movimentação no mercado cambial. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que poderá repetir intervenções cambiais que fez ao longo da sessão de terça-feira.

O índice acompanhava inversamente a tendência do dólar nesta quarta-feira, mitigando seus ganhos conforme a valorização da moeda aumentava.

Analistas da Rico Investimentos indicaram que a alta volatilidade no mercado deve continuar, diante do impacto da alta do dólar nas perspectivas de inflação e, consequentemente, na duração do ciclo de corte de juros.

Apesar dos ruídos, as expectativas sobre a continuação do movimento de valorização do índice se mantinham positivas, segundo pesquisa da Reuters. A previsão aponta para um Ibovespa a 130 mil pontos até o final de 2020, mesmo nível estimado em relação à pesquisa de agosto.

Destaques

Petrobras (PETR4)  valorizava-se 0,9%, ajudando a segurar o índice em terreno levemente positivo. A petrolífera elevou o preço médio da gasolina nas refinarias em aproximadamente 4% nesta quarta-feira, segunda alta em pouco mais de uma semana diante da valorização do dólar.

Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) avançavam 0,3% e 1%, respectivamente, em sessão positiva para o setor bancário. BTG Pactual (BPAC11) era a exceção, com queda de 0,15%.

Vale (VALE3) perdia 0,45%, chegando a cair mais de 1% na mínima do dia. A companhia anunciou na noite da véspera que fará uma baixa contábil de aproximadamente 3,2 bilhões de dólares no quatro trimestre, após reavaliar ativos de metais básicos e carvão, e não descartou impairments adicionais ainda em 2019.

JBS (JBSS3) recuava 1,2%, na segunda sessão seguida de queda, mas ainda longe de anular a alta de mais de 9% de segunda-feira. No setor, BRF (BRFS3) perdia 1,4% e Marfrig (MRFG3) tinha baixa de 0,4%.

Magazine Luiza (MGLU3) ganhava 1,2%. A empresa anunciou na noite da véspera parceria para integrar seu marketplace, incluindo a Netshoes, ao sistema omnichannel da Linx (LINX3), que saltava 4% fora do índice.

Cyrela Commercial Properties (CYRE3) e MRV (MRVE3) lideravam as perdas do Ibovespa, recuando 2,06% e 2,48% respectivamente, em meio a receios sobre os impactos da alta do dólar sobre as perspectivas de juros do país, que até recentemente vinham incentivando uma incipiente recuperação do mercado de construção civil.

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