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Ibovespa avança na abertura com posse de Biden e expectativa de mais estímulos

20 jan 2021, 10:20 - atualizado em 27 fev 2024, 15:29
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Às 11:25, o Ibovespa subia 0,48%, a 121.220,27 pontos. O volume financeiro somava 4,36 bilhões de reais (Imagem: REUTERS/ Paulo Whitaker)

A bolsa paulista adotava um viés positivo na manhã desta quarta-feira, com as atenções voltadas para os Estados Unidos, onde Joe Biden toma posse como presidente do país e pode anunciar medidas relevantes em termos de estímulos para a economia norte-americana.

Às 11:25, o Ibovespa subia 0,48%, a 121.220,27 pontos. O volume financeiro somava 4,36 bilhões de reais.

Biden fará o juramento como 46º presidente dos Estados Unidos nesta quarta-feira, assumindo o comando de um país assolado por profundas divisões políticas e atingido pela pandemia.

“Será fundamental acompanhar os passos do novo governo para entendermos seu foco, suas principais medidas e a direção que o país irá tomar em vários vetores, econômicos, geopolíticos e sociais”, afirmou o estrategista Dan Kawa, da TAG Investimentos.

Agentes financeiros ponderam, contudo, que o clima favorável a ativos de risco no exterior pode ter atenuado no Brasil pelos ruídos no cenário político e preocupações com o quadro fiscal.

Biden fará o juramento como 46º presidente dos Estados Unidos nesta quarta-feira, assumindo o comando de um país assolado por profundas divisões políticas e atingido pela pandemia (Imagem: Facebook/Joe Biden)

“A nuvem de pessimismo não se dissipa”, afirmou a equipe da corretora Planner, citando, além dos riscos fiscais e políticos, notícias preocupantes sobre a economia, principalmente a extensão da crise com a pandemia e atraso na chegada de vacinas.

Na véspera, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) adiou para março a entrega das primeiras doses da vacina da AstraZeneca a serem produzidas no Brasil por causa do atraso na chegada do insumo farmacêutico ativo (IFA) da China.

Também na terça-feira, o Brasil registrou 1.192 novas mortes em decorrência da Covid-19 e a notificação de 62.094 novos casos de coronavírus.

Destaques

B2W (BTOW3) subia 6,03%, capitaneando os ganhos de papéis de comércio eletrônico, com a sua controladora Lojas Americanas (LAME4) avançando 4,30%. Via Varejo (VVAR3) tinha alta de 3,63% e  Magazine (MGLU3) ganhava 3,20%.

Suzano (SUZB3) e  Klabin (KLBN11) valorizavam-se 2,99% e 2,81%, respectivamente, tendo de pano de fundo cenário favorável para o setor.

O BTG Pactual reiterou recomendação de compras para as ações citando mais uma rodada de aumentos nos preços de celulose pelos principais produtores.

Usiminas (USIM5) caía 1,53%, com o setor de mineração e siderurgia sem uma tendência única. VALE mostrava acréscimo de 0,34%.

Petrobras (PETR3;PETR4) subia 0,8%, em meio ao avanço do petróleo no exterior. A companhia também confirmou na véspera que a Ultrapar está liderando negociações para a aquisição da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap). Ultrapar (UGPA3) tinha elevação de 1,98%.

Itaú Unibanco (ITUB4) cedia 0,39% e Bradesco (BBDC4) perdia 0,11%, com o setor como um todo mais fraco do que o Ibovespa, com exceção de BTG Pactual (BPAC11), que subia 0,56%.

Light (LIGT3), que não está no Ibovespa, caía 4,2% após concluir uma oferta de ações que movimentou 2,7 bilhões de reais.

O follow-on permitiu à Cemig alienar sua participação de 22,6% na companhia de energia e captar 1,37 bilhão de reais. Cemig (CMIG3) cedia 0,28%.

MRV (MRVE3) subia 2,03%, em sessão positiva também para outras construtoras em meio à divulgação de prévias operacionais do quarto trimestre de 2020.

Na véspera, Lavvi e Tenda também reportaram seus números, que alguns analistas consideraram fortes, ajudando no avanço de 2,48% e 1,74% das respectivas ações.

(Atualizada às 11h43)

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reuters@moneytimes.com.br
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