Ibovespa avança liderado por IRB, mas impasse sobre o Orçamento pesa
O Ibovespa avançava nesta quarta-feira, após alguma hesitação na abertura, com IRB Brasil RE liderando as altas após regulador encerrar investigação sobre a resseguradora, enquanto na cena macro permanecem receios com o Orçamento.
Às 12h28, o Ibovespa subia 0,9 %, a 117.601.71 pontos. O volume financeiro somava 6,39 bilhões de reais.
Nos Estados Unidos, o S&P 500 mostrava um acréscimo discreto, enquanto agentes financeiros aguardam a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve.
Para analistas da Ágora Investimentos, o mercado brasileiro pode mostrar certa instabilidade diante do impasse sobre o Orçamento de 2021 e avanço da pandemia.
O Brasil superou pela primeira vez a marca de 4 mil mortes por Covid-19 em um único dia, registrando na terça-feira um recorde de 4.165 óbitos, o que eleva o total de vítimas fatais da doença no país a 336.947.
Em comentários a clientes, o BTG Pactual vê chance de o Ibovespa buscar novos patamares perto dos 120 mil pontos se o clima favorável a ativos de risco em todo o mundo continuar, mas observa um mercado com pouco volume e muito giro em carteiras,
“Ainda temos muitas incertezas pela frente, o que inibe uma melhor performance do Ibovespa”, ponderou nota enviada pela área de gestão de recursos do banco.
Destaques
IRB (IRBR3) avançava 5,10%, após a Superintendência de Seguros Privados (Susep) decidir na véspera encerrar a fiscalização especial sobre a companhia relacionada à insuficiência de ativos garantidores das provisões técnicas, aberta no ano passado.
Hapvida (HAPV3) subia 3,96%, em sessão de recuperação e tendo de pano de fundo que a empresa vem estudando eventuais captações de recursos para financiar investimentos e aquisições, assim como fortalecer sua posição de caixa, incluindo a possibilidade de uma oferta de ações.
Banco do Brasil (BBAS3) subia 0,68%, sem um sinal único entre os bancos do Ibovespa, com BRADESCO PN perdendo 0,31% e Itaú Unibanco (ITUB4) recuando 0,29%.
Petrobras (PETR3; PETR4) valorizava-se 0,33%, em sessão com queda dos preços do petróleo no exterior. A companhia postergou a previsão de início de produção de Mero 1 para o primeiro trimestre de 2022, após atraso nas obras do navio-plataforma que será usado na área, o FPSO Guanabara.
Vale (VALE3) avançava 1,47%, dando suporte relevante, com o setor de mineração e siderurgia em alta, após os futuros de referência do minério de ferro na Ásia subirem nesta quarta-feira, com preços recordes do aço na China atraindo apostas de investidores na matéria-prima.
B2W (BTOW3) caía 2,01%, em sessão de ajustes, após três altas seguidas, com os rivais Magazine Luiza (MGLU3) e Via Varejo (VVAR3) recuando 1,02% e 0,65%, respectivamente.
CCR (CCRO3) subi 0,15%, em sessão volátil, após vencer a disputa pelos lotes Sul e Central no leilão de aeroportos na B3 nesta quarta-feira. A subsidiária da CCR, Companhia de Participações em Concessões, ofereceu pagar 754 milhões de reais pelo Bloco Central.
DASA (DASA3), que não está no Ibovespa, desabava 39,93%, após precificar oferta de ações a 58 reais por papel na véspera, abaixo da faixa indicativa estimada para o follow on entre 64,90 e 84,50 reais e com forte desconto ante a cotação de fechamento do papel na terça-feira de 144,01 reais.