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Ibovespa avança com IBC-Br e exterior; bancos privados sobem

16 jan 2020, 13:16 - atualizado em 16 jan 2020, 13:16
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Às 13:14, o Ibovespa subia 0,38%, a 116.856,37 pontos (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O Ibovespa (IBOV) avançava nesta quinta-feira, favorecido por números melhores sobre a atividade econômica do país e um cenário positivo no mercado externo, com os papéis de Marfrig e Via Varejo entre as maiores altas.

Às 13:14, o Ibovespa subia 0,38%, a 116.856,37 pontos. O volume financeiro do pregão somava 5,68 bilhões de reais.

A melhora vem após o Ibovespa recuar mais de 1% na véspera, maior queda percentual do ano, depois que dados de vendas no varejo ficaram aquém do esperado, somando-se a outros números também decepcionantes sobre o ritmo da recuperação da economia.

Nesta sessão, contudo, o IBC-Br, prévia do Banco Central para o PIB brasileiro, cresceu 0,18% em novembro ante outubro, acima das expectativas de alta de 0,10%. O dado anterior, porém, foi revisado para pior.

Para a equipe da XP Investimentos, tal resultado corrobora a mensagem de recuperação gradual da atividade econômica brasileira, conforme nota a clientes.

A retomada do crescimento econômico é considerada essencial para a continuidade na trajetória positiva da bolsa paulista, após fortes ganhos no ano passado, o quarto em que o Ibovespa encerrou com valorização acumulada.

“O custo oportunidade diminuiu sem que, efetivamente, algo fundamentalmente tenha mudado na microeconomia empresarial”, disse Paulo Bilyk, diretor de investimentos da Rio Bravo e sócio global da Fosun Hive. “Isso só vem com crescimento, que tem sido muito tímido. Agora, é esperar para ver.”

No exterior, o S&P 500 cruzou a linha dos 3.300 pontos pela primeira vez na história, e o Dow Jones e o Nasdaq renovaram máximas ainda embalados pelo acordo comercial assinado entre China e EUA, além do resultado do Morgan Stanley.

Destaques

Marfrig (MGRF3) valorizava-se 4,7%, engatando a quarta sessão consecutiva de alta e ampliando os ganhos em 2020 para mais de 25%, em meio ao cenário favorável para a companhia. Em relatório no começo do ano, o analista Marcel Moraes, do Santander Brasil, destacou melhora na visibilidade da geração de caixa e perfil da dívida entre os fatores para recomendar a compra das ações. No setor de carnes, JBS (JBSS3) subia 0,7% e BRF (BRFS3) cedia 1%.

Usiminas (USIM5) avançava 3,8%, tendo de pano de fundo relatório de analistas do Credit Suisse, elevando preço-alvo das ações para 11,50 reais de 10 reais anteriormente e reiterando recomendação ‘outperform’, citando perspectivas de crescimento de 4% na demanda de aços planos no Brasil em 2020 e espaço para elevação nos preços. No setor de siderurgia e mineração, CSN (CSNA3) tinha acréscimo de 0,8% e Gerdau (GGBR4) mostrava variação positiva de 0,09%.

Vale (VALE3) cedia 0,3%, tendo no radar decisão de paralisar as operações da pilha de estéril e rejeito da mina Esperança logo após assumir o controle do Grupo Ferrous. Além disso, perícia que deve ser concluída até junho apontará se o rompimento de uma barragem da mineradora Vale em Brumadinho (MG), em janeiro do ano passado, será qualificado como homicídio doloso ou culposo.

Via Varejo (VVAR3) subia 2,3%, em nova sessão de alta, conforme o setor de consumo de modo geral mostrava melhora após os números do ICB-Br.

Rumo (RAIL3) perdia 2%, um dia após divulgar dados de volumes de dezembro, que analistas do Credit Suisse consideraram abaixo das expectativas, sendo o motivo principal a queda nos volumes de milho.

Bradesco (BBDC4) avançava 1% e endossava a recuperação do Ibovespa, enquanto Itaú Unibanco (ITUB4) tinha acréscimo de 0,6%. Analistas do Safra saíram de encontros com representantes do Itaú Unibanco avaliando que 2020 será mais desafiador do que 2019 para o banco, mas reiteraram recomendação ‘ouperform’ para as ações.

Petrobras (PETR4) e Petrobras (PETR3) cediam 0,3% e 0,03%, respectivamente, descoladas da alta dos preços do petróleo, tendo de pano de fundo expectativas para a oferta de ações da petrolífera que estão em poder do BNDES.

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