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Ibovespa avança com cenário externo favorável a risco

28 ago 2020, 11:41 - atualizado em 28 ago 2020, 11:41
Ibovespa
Às 11:09, o Ibovespa subia 0,38 %, a 101.001,87 ponto (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

sinal positivo prevalecia na bolsa paulista nesta sexta-feira, em pregão beneficiado pelo cenário externo, onde a perspectiva de juros muito baixos nos Estados Unidos por um período prolongado respaldava apetite a risco.

Às 11:09, o Ibovespa subia 0,38 %, a 101.001,87 pontos. O volume financeiro era de 4 bilhões de reais.

Em Wall Street, o S&P 500 renovou máxima histórica já na abertura, após a mudança de estratégia de política monetária anunciada pelo Federal Reserve na véspera reforçar apostas de que o custo do dinheiro nos EUA seguirá baixo por algum tempo.

No Brasil, o BTG Pactual ressaltou que tem chamado a atenção dos investidores o crescimento da volatilidade no mercado em razão da indefinição sobre a Renda Brasil e o Orçamento de 2021.

“A velha agenda de Guedes (Paulo Guedes, ministro da Economia)- fim do abono, fim dos programas sociais, etc. – parece que já está descartada, elevando assim o risco político que está concentrado no comportamento do próprio presidente.”

Em nota a clientes, a equipe do banco citou ainda que, na bolsa, o mercado está depurando os riscos fiscais existentes junto com a fragilidade a cada dia do ministro Guedes, seguindo e patinando quase no mesmo lugar, ao redor dos 100 mil pontos.

Destaques

Cyrela (CYRE3) subia 5,14%, após a Cury Construtora e Incorporadora estabelecer faixa indicativa entre 11 e 14,30 reais por ação para IPO que espera precificar em 17 de setembro e que pode movimentar até 1,755 bilhão de reais. A Cyrela é um dos acionistas vendedores na operação.

Seguridade (BBSE3) tinha elevação de 2,64%. Na véspera, a corretora Safra enviou nota a clientes sobre reunião da BB Seguridade com analistas, na qual a empresa afirmou que já enxerga aumento de prêmios de seguros. No setor,SulAmérica (SULA11) valorizava-se 1,48%.

Petrobras (PETR3) subia 0,27% e Petrobras (PETR4) ganhava 0,44%, apesar da fraqueza do petróleo no exterior. O BTG Pactual estima que a empresa possa levantar pelo menos 3,9 bilhões de dólares com a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) e da Repar.

Ultrapar (UGPA3) avançava 2,01%, em sessão de recuperação após quatro quedas seguidas, em que perdeu mais de 6%. A companhia era uma das candidatas a apresentar proposta vinculante para aquisição da refinaria Presidente Getúlio Vargas, conhecida como Repar, da Petrobras.

Itaú (ITUB4) subia 0,66%, assim como Bradesco (BBDC4), em alta de 0,52%. Dados do Banco Central nesta sexta-feira mostraram que a inadimplência no Brasil caiu a uma mínima recorde em julho de 3,5%, dado que abarca o segmento de recursos livres.

Vale (VALE3) avançava 0,54%, após ajuste negativo na véspera, respaldada pela alta dos preços futuros do minério de ferro na China nesta sexta-feira.

IRB Brasil RE (IRBR3 caía 1,44% antes da divulgação de seu resultado do segundo trimestre, prevista para após o fechamento do mercado.

Yduqs (YDUQ3) recuava 1,48%, ainda pressionada pelo resultado trimestral com prejuízo, refletindo maiores provisões para perdas esperadas com calotes e a concessão de maiores descontos a alunos, em meio aos efeitos da Covid-19.

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