Ibovespa avança acima dos 100 mil pontos; siderúrgicas disparam com novata Ambipar
A bolsa paulista buscava manter o viés positivo nos primeiros negócios desta segunda-feira, beneficiada pela trajetória de alta de mercados acionários no exterior, tendo o começo da temporada de resultados nos Estados Unidos no radar.
Às 12:18 (horário de Brasília), o Ibovespa (IBOV) subia 0,78%, a 100.813,29 pontos.
Em Wall Street, sinais de progresso no desenvolvimento de vacina para a Covid-19 e com um começo positivo para a temporada de balanços corporativos do segundo trimestre nos Estados Unidos, com o resultado da PepsiCo, endossavam o bom humor. O norte-americano S&P 500 subia 1%.
No Brasil, a safra de resultados do Ibovespa começa no dia 22, com Weg (WEGE3) abrindo calendário.
A segunda-feira no mercado brasileiro também era marcada pela repercussão de anúncio das ofertas de ações de Dimed e Irani, previstas para serem precificadas no dia 22, mantendo o mercado de capitais aquecidos dado o cenário de juros no país.
Na visão da equipe da CM Capital Markets, a bolsa brasileira tende a ser influenciada pelo otimismo com recuperação da atividade global somado às expectativas quanto aos balanços corporativos e agenda doméstica fraca nesta sessão.
Destaques
– Vale (VALE3) 3,09%, na esteira do salto dos preços futuros do minério de ferro na China, em meio a expectativas de um aperto sazonal na oferta proveniente de mineradoras na Austrália.
No setor, CSN (CSNA3) disparava 8,99%, Gerdau (GGBR4) tinha elevação de 4,17% e Usiminas (USIM5) valorizava-se 3,36%.
– IRB (IRBR3) subia 7,61%, em sessão de recuperação, após começar o mês com fortes perdas, penalizada por revisão de resultados anteriores após fraude contábil, entre outras adversidades. Até o momento, a ação perde 9,8% em julho e 74,5% em 2020, pior desempenho do Ibovespa.
– CVC Brasil (CVCB3) valorizava-se 3,45%, também buscando no cenário mais positivo como um todo apoio para alguma recuperação, dado o forte impacto negativo nos resultados provocado pela pandemia de Covid-19, além de também ter identificado irregularidades em suas demonstrações financeiras.
Em julho, já acumula alta de 25,5%. Mas no ano ainda perde 48%.
– Banco do Brasil (BBAS3) subia 1,2%, Itaú Unibanco (ITUB4) ganhava 0,33% e Bradesco (BBDC4) avançava 0,67%. Para analistas do Credit Suisse, o setor está atrativo mesmo sob premissas conservadoras, conforme relatório, em que reiteraram recomendação ‘outperform’ para os grandes bancos de varejo do país.
– Petrobras (PETR4) cedia 0,27%, em meio à fraqueza dos preços do petróleo no exterior. Petrobras (PETR3) tinha alta de 0,3%.
– Ambipar (AMBP3) disparava 16,2% em sua estreia na bolsa paulista, com a cotação chegando a superar 29 reais, após seu IPO ser precificado a 24,75 reais por papel.
– Panvel (PNVL3), rede de farmácias do grupo Dimed, avançava 7,13%, após anúncio de oferta de ações bilionária com esforços restritos, que a companhia espera precificar na próxima semana. Os papéis não estão no Ibovespa. As ações preferenciais (PNVL4) subiam 6,75%.
A empresa se comprometeu a migrar para o Novo Mercado se concretizada a operação, o que implicará conversão das preferenciais (PNVL4) em ordinárias (PNVL3).
– Celulose Irani (RANI3) saltava 19,4%, após anúncio de oferta primária inicial de 90 milhões de ações ordinárias com esforços restritos, que espera precificar em 22 de julho.
A operação ainda prevê distribuição secundária adicional de até 31,5 milhões de papéis. A operação é considerada um re-IPO dada a baixíssima liquidez das ações.