Mercados

Ibovespa avança acima dos 100 mil pontos; siderúrgicas disparam com novata Ambipar

13 jul 2020, 12:18 - atualizado em 13 jul 2020, 12:22
Mercados - Ibovespa
Temporada de balanços dos EUA aquece negócios (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

A bolsa paulista buscava manter o viés positivo nos primeiros negócios desta segunda-feira, beneficiada pela trajetória de alta de mercados acionários no exterior, tendo o começo da temporada de resultados nos Estados Unidos no radar.

Às 12:18 (horário de Brasília), o Ibovespa (IBOV) subia 0,78%, a 100.813,29 pontos.

Em Wall Street, sinais de progresso no desenvolvimento de vacina para a Covid-19 e com um começo positivo para a temporada de balanços corporativos do segundo trimestre nos Estados Unidos, com o resultado da PepsiCo, endossavam o bom humor. O norte-americano S&P 500 subia 1%.

No Brasil, a safra de resultados do Ibovespa começa no dia 22, com Weg (WEGE3) abrindo calendário.

A segunda-feira no mercado brasileiro também era marcada pela repercussão de anúncio das ofertas de ações de Dimed e Irani, previstas para serem precificadas no dia 22, mantendo o mercado de capitais aquecidos dado o cenário de juros no país.

Na visão da equipe da CM Capital Markets, a bolsa brasileira tende a ser influenciada pelo otimismo com recuperação da atividade global somado às expectativas quanto aos balanços corporativos e agenda doméstica fraca nesta sessão.

Destaques

Vale VALE3
Mineradora acompanha salto do minério de ferro (Imagem: Olli Geibel/ AFP/Vale)

Vale (VALE3) 3,09%, na esteira do salto dos preços futuros do minério de ferro na China, em meio a expectativas de um aperto sazonal na oferta proveniente de mineradoras na Austrália.

No setor, CSN (CSNA3) disparava 8,99%, Gerdau (GGBR4) tinha elevação de 4,17% e Usiminas (USIM5) valorizava-se 3,36%.

IRB (IRBR3) subia 7,61%, em sessão de recuperação, após começar o mês com fortes perdas, penalizada por revisão de resultados anteriores após fraude contábil, entre outras adversidades. Até o momento, a ação perde 9,8% em julho e 74,5% em 2020, pior desempenho do Ibovespa.

CVC Brasil (CVCB3) valorizava-se 3,45%, também buscando no cenário mais positivo como um todo apoio para alguma recuperação, dado o forte impacto negativo nos resultados provocado pela pandemia de Covid-19, além de também ter identificado irregularidades em suas demonstrações financeiras.

Em julho, já acumula alta de 25,5%. Mas no ano ainda perde 48%.

Banco do Brasil (BBAS3) subia 1,2%, Itaú Unibanco (ITUB4) ganhava 0,33% e Bradesco (BBDC4) avançava 0,67%. Para analistas do Credit Suisse, o setor está atrativo mesmo sob premissas conservadoras, conforme relatório, em que reiteraram recomendação ‘outperform’ para os grandes bancos de varejo do país.

Petrobras (PETR4) cedia 0,27%, em meio à fraqueza dos preços do petróleo no exterior. Petrobras (PETR3) tinha alta de 0,3%.

Ambipar
Novata Ambipar estreia com valorização acima de 16% (Imagem: Site/Ambipar)

Ambipar (AMBP3) disparava 16,2% em sua estreia na bolsa paulista, com a cotação chegando a superar 29 reais, após seu IPO ser precificado a 24,75 reais por papel.

Panvel (PNVL3), rede de farmácias do grupo Dimed, avançava 7,13%, após anúncio de oferta de ações bilionária com esforços restritos, que a companhia espera precificar na próxima semana. Os papéis não estão no Ibovespa. As ações preferenciais (PNVL4) subiam 6,75%.

A empresa se comprometeu a migrar para o Novo Mercado se concretizada a operação, o que implicará conversão das preferenciais (PNVL4) em ordinárias (PNVL3).

Celulose Irani (RANI3) saltava 19,4%, após anúncio de oferta primária inicial de 90 milhões de ações ordinárias com esforços restritos, que espera precificar em 22 de julho.

A operação ainda prevê distribuição secundária adicional de até 31,5 milhões de papéis. A operação é considerada um re-IPO dada a baixíssima liquidez das ações.

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