Mercados

Ibovespa (IBOV) aprofunda queda; entenda os motivos

07 jun 2024, 15:28 - atualizado em 07 jun 2024, 16:32
(Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

O Ibovespa aprofunda a queda e despenca nesta sexta-feira em meio a um mau humor generalizado dos mercados. Por volta das 15h20, o índice caia 1,28%, a 121.330 pontos. Em Wall Street, as bolsas também viraram para a queda. No mesmo horário, S&P 500 recuava 0,14%, Nasdaq 0,28% e Dow Jones 0,0095%.



A bolsa cai em meio a dados nos Estados Unidos. O relatório do Departamento do Trabalho norte-americano mostrou que foram abertas 272.000 vagas de emprego fora do setor agrícola no mês passado, enquanto economistas consultados pela Reuters previam criação de 185.000 postos de trabalho, com as estimativas variando de 120.000 a 258.000.

Os dados, porém, incluíram um aumento na taxa de desemprego de 3,9% em abril para 4,0% em maio, rompendo um limite simbólico abaixo do qual a taxa de desemprego havia se mantido por 27 meses consecutivos.

De acordo com o estrategista-chefe da Avenue, William Castro Alves, a primeira leitura é de que mercado de trabalho segue resiliente, com aumentos de salários acima da inflação e, sendo assim, o consumo tende a continuar aquecido, dificultando o controle da inflação.

“E, portanto, cortes de juros se tornariam menos viáveis”, acrescentou em comentário a clientes, ponderando que os dados dos meses anteriores de março e abril foram revisados para baixo e que a qualidade dos postos de trabalho também pode ser questionada.

Segundo Seema Shah, estrategista-chefe global da Principal Asset Management, os dados de hoje são “um passo à frente e dois passos atrás”.

“Os dados de emprego de hoje minam a mensagem que outros dados econômicos recentes têm transmitido sobre o desaquecimento da economia dos EUA e fecham a porta para um corte na taxa de juros em julho”, coloca.

Para a estrategista, não apenas o número de empregos criados explodiu novamente, como também o crescimento dos salários surpreendeu positivamente – ambos se movendo na direção oposta ao que o FED precisa para começar a flexibilizar a política.

“Ainda esperamos que o FED corte as taxas em setembro, mas outro conjunto de dados como os de hoje provavelmente também tiraria essa possibilidade da mesa. A notícia positiva, entretanto, é que, com um mercado de trabalho tão forte, a economia dos EUA não está nem perto do território de recessão”, completa.

Com Reuters

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