Ibovespa amplia perdas e perde patamar de 100 mil pontos com preocupações fiscais
O Ibovespa (IBOV) acelerou as perdas para mais de 2% na tarde desta quarta-feira, abaixo dos 100 mil pontos, com novas evidências de desacordo do presidente Jair Bolsonaro com a sua equipe econômica acentuando preocupações com a situação fiscal do país.
ÀS 14:45, o Ibovespa recuava 2,43%, a 99.638,35 pontos.
O volume financeiro somava 19,2 bilhões de reais.
A deterioração ocorreu após declarações de Bolsonaro de que rejeitou proposta apresentada pelo Ministério da Economia para o Renda Brasil porque ficou insatisfeito com os cortes de programas como o abono salarial para financiar o novo projeto, e disse que o texto não será enviado ao Congresso.
“O mercado está reduzindo exposição a risco, com receios novamente sobre a permanência de Paulo Guedes no governo, além da piora fiscal”, afirmou o responsável pela área de renda variável da corretora de um banco em São Paulo, que pediu para não ter o nome citado.
Ações de bancos figuravam entre as maiores pressões de baixa, com Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) recuando 3%. Ainda no setor financeiro, B3 (B3SA3) também pesava, com queda de 4%.
Petrobras (PETR4) recuava 3,19%, enquanto os preços do petróleo no exterior mostravam pequenas variações.
Petrobras (PETR3) perdia 3,16%.
Entre as poucas altas da sessão, Magazine Luiza (MGLU3) subia 1,48%, após anunciar programa de recompra de até 10 milhões de ações, e Notre Dame (GNDI3) Intermedica valorizava-se 2,24% na esteira de acordo para aquisição do Grupo Medisanitas Brasil.
Nos Estados Unidos, o S&P 500 (SPX) e o Nasdaq (US100), subiam apoiados em ações de tecnologia após resultados e projeções positivas de empresas como Salesforce e HP Enterprise.